Cotidiano

Ocupação de leitos da UTI reduz 20% em Roraima

Dados da FioCruz apontam que diminuição ocorreu em diversos estados do país após a população ter começado a ser vacinada contra a doença

Roraima obteve uma redução de 20% na taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), saindo de um percentual de 94% para 74%. Os dados são da Fundação Oswaldo Cruz, de acordo com o último Boletim Observatório Covid-19.

Segundo a Fiocruz, diversos estados do país apresentaram queda na taxa de utilização de leitos de UTI, depois que a população começou a ser vacinada contra a doença.

Outro dado é que o estado também saiu da zona de alerta crítico para a zona de alerta intermediário em relação a taxa de ocupação de leitos de UTI. Os dados também mostram que os casos mais graves se concentram em pessoas não imunizadas.

Em Roraima 184.391 pessoas já tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19 e 67.019 pessoas já tomaram a segunda dose. Entre os indígenas, 42.108 vacinas já foram aplicadas. Dados do Vacinômetro mostram também que os municípios de Boa Vista, Mucajaí e Caracaraí, apresentam maior cobertura com 79%, 76% e 75% respectivamente.

O governador Antonio Denarium (sem partido) ressaltou a importância da vacinação como estratégia para reduzir os índices de ocupação de leitos e explicou que a gestão tem colocado em prática várias medidas para fortalecer o combate a Covid-19.

“Estamos felizes com esse estudo da Fundação Oswaldo Cruz, pois mostra que estamos no rumo certo, mas vamos seguir em frente com o trabalho para avançar ainda mais”, declarou.

REDUÇÃO DE CASOS GRAVES – Outro ponto reforçado pelo secretário estadual de saúde, Airton Cascavel, é a redução de casos graves de covid após a imunização em massa da população. Ele ressalta que a Sesau vai atuar ainda mais para que Roraima saia da situação de alerta intermediário.

Medidas importantes estão sendo adotadas, temos ampliado leitos nos hospitais, contratado mais profissionais de saúde, comprado insumos, mas além disso, precisamos acelerar o ritmo da vacinação, e para isso a população precisa fazer sua parte mantendo as medidas de prevenção e comparecendo a vacinação”, esclareceu.

A médica infectologista Alessandra Martins, que integra a equipe multiprofissional do Hospital Geral de Roraima (HGR) reforça a importância dos relatórios sobre a covid da FioCruz, para saber quais as medidas devem ser adotadas.

Para Alessandra, o Boletim demonstra mais uma vez que as vacinas são especialmente efetivas na prevenção de casos graves, o que reforça a necessidade da população que não se vacinou procure se imunizar conforme a sua faixa etária

“Para evitar a circulação de novas variantes com potencial de reduzir a efetividade das vacinas, precisamos urgentemente criar imunidade individual contra a Covid-19”, explicou a infectologista.