Cotidiano

Operação destrói aeronaves e maquinários do garimpo na Terra Yanomami

Ação é realizada pelo Ibama com apoio da Funai e Força Nacional. Uma base de controle também foi instalada no rio Uraricoera.

Uma operação contra o garimpo na Terra Yanomami, destruiu helicóptero, um avião, um trator de esteira e outras estruturas de apoio logístico do garimpo. A ação foi divulgada nesta quarta-feira (8) e é realizada por agentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos (IBAMA), com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública.

Conforme o Instituto, também foram apreendidas duas armas e três barcos com cerca de 5 mil litros de combustível. As “voadeiras” ainda carregavam cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet. A operação iniciou na segunda-feira (6).

Todos os suprimentos foram apreendidos e serão usados para abastecer a base de controle que foi instalada no rio Uraricoera. Nenhuma embarcação com carregamento de combustível e equipamentos será autorizada a seguir daquele ponto de bloqueio em direção aos garimpos, informou o Ibama.

A instalação de bases de controle será estendida para outras áreas da terra indígena. A estrutura logística é fornecida pela Funai, e o apoio dos indígenas nesta fase é fundamental, afirma o Instituto. 

A operação também conta com o apoio aéreo do Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama, que monitora pistas de pouso clandestinas na região. Sobrevoos para identificar e destruir a infraestrutura do garimpo, como aviões, helicópteros, motores e instalações, serão mantidos. O trator destruído era usado para abrir “ramais” na floresta.

O Ibama informou ainda que fiscaliza distribuidoras e revendedoras responsáveis pelo comércio irregular de combustível de aviação que abastece os garimpos.

O objetivo principal da operação é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado. As ações foram acompanhadas pela Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União (AGU).

 A Polícia Federal investiga o crime de genocídio contra os Yanomami.