Cotidiano

Poliomielite volta a preocupar em cenário de queda na vacinação

Apesar do atraso causado pela pandemia de Covid-19, a campanha de vacinação nacional está focada, ao longo de todo o mês de outubro, em atualizar as cadernetas e chegar à meta de 95% de cobertura da vacina contra a poliomielite

Até o ano de 2015, a vacina contra a poliomielite era presença garantida nas cadernetas de vacinação infantil no Brasil. Sua cobertura sempre chegava a 100% ou a algo muito próximo disso. De 2016 em diante, no entanto, essa porcentagem vem caindo, até chegar ao ponto de ficar na casa dos 70% na média nacional em 2019.

Em 2020, o Ministério da Saúde quer reverter esse quadro. Apesar do atraso causado pela pandemia de Covid-19, a campanha de vacinação nacional está focada, ao longo de todo o mês de outubro, em atualizar as cadernetas e chegar à meta de 95% de cobertura da vacina contra a poliomielite, doença que causa a paralisia infantil.

Em Boa Vista, a prefeitura continua vacinando as crianças de 1 a 4 anos de idade contra a poliomielite. A ação faz parte da Campanha Nacional de Vacinação que vai até o dia 30 de outubro nas unidades básicas de saúde.

A meta é imunizar 95% do total de 23.704 crianças no município de Boa Vista. Até o momento, a cobertura é de 14, 25%, com 3.379 doses aplicadas, número bem abaixo do esperado, de acordo com o coordenador municipal de Imunização.

“Queremos convocar pais e responsáveis para levar suas crianças dentro dessa faixa etária até uma unidade básica de saúde para tomar a dose da vacina, não só para alcançar a meta, mas para que nossas crianças estejam protegidas da doença. Estamos com uma baixa adesão à vacina. A dose da pólio é rápida, duas gotinhas apenas e a criança estará imunizada”, convida Romildo Azevedo.

DIA MUNDIAL – Neste sábado, 24, é comemorado o Dia Mundial de Combate a Poliomielite e a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) reforçou sobre a importância vacinação.

“Há 24 anos o Brasil recebeu o certificado de eliminação da Poliomielite, resultado de campanhas de vacinação em massa. Até que a doença seja eliminada do mundo, ainda há a possibilidade do vírus ser importado para o país, para evitar isso, é importante continuar a vacinação”, diz o comunicado da Sesau.