Em razão do agravamento de casos de covid-19 em Roraima, a Prefeitura Municipal de Boa Vista adotou o decreto nº 022/E que estabelece restrições de horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais e de serviços na Capital.
De acordo com o decreto, que tem validade até o dia 10 de março, no sábado (06) poderia funcionar somente comércio de venda de alimentos, das 8 às 20h, enquanto no domingo (07), esses estabelecimentos tinham permissão de funcionamento apenas na modalidade de delivery.
A equipe de reportagem da FolhaBV foi às ruas da Capital para questionar a população sobre o que pensa sobre o decreto e o que observou nesse final de semana, em que aconteceu o lockdown.
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DESFECHO
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A doméstica Denúdia Catro, de 33 anos, acredita que o decreto deveria ser mais rigoroso, principalmente nas fiscalizações, pois viu muitos estabelecimentos funcionando normalmente. Entretanto, ela também afirma que a população deve se conscientizar acima de tudo.
“Não é o Governo ou a Prefeitura que vão resolver esse problema sozinhos, são as pessoas que devem se cuidar e respeitar as medidas. Então se a população não se conscientizar, não tem decreto que consiga melhorar isso”, esclareceu Denúdia.
Segundo Felipe de Paula, 25, que trabalha como agente humanitário, o decreto é importante para conseguir controlar o fluxo de pessoas em Boa Vista. Porém, ele conta que os dois lados devem ser analisados, o dos comerciantes e o da saúde da população.
“No bairro Nova Cidade, onde eu moro, o decreto não foi nada cumprido nesse final de semana. Apesar de ser uma situação muito complicada, isso deveria funcionar como uma balança equilibrada, com as pessoas se conscientizando e os órgãos agindo com medidas bem planejadas”, disse Felipe.
Já Paulo Gomes (43), lojista do Caxambu há 15 anos, pensa que o decreto não está funcionando, ainda mais no final de semana.
“Pelo que eu vi, esse decreto causou mais aglomeração de pessoas do que antes, porque elas deixam pra comprar as coisas na última hora e acabam fazendo tumulto nos supermercados. Aconteceu a mesma coisa com as padarias, que lota de gente quando dá 9h. Eu acho que acabou sendo um tiro no pé”, desabafou o lojista.
População avalia decretos (Foto: Diane Sampaio)
Por Camilla Salustiano – estagiária da FolhaBV
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