Cotidiano

Por falta de ambulâncias, paciente não consegue remoção para o HGR

Um indígena venezuelano de 45 anos, que está em coma no Hospital de Pacaraima, devido a uma malária cerebral, não teria sido removido ao HGR por conta da falta de ambulâncias

Segundo informações obtidas pela FolhaBV, um indígena venezuelano de 45 anos, que está em coma no Hospital de Pacaraima, devido a uma malária cerebral, não foi removido para o Hospital Geral de Roraima, devido a falta de ambulâncias no município.

O prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato, informou para a equipe de reportagem que a ambulância do município está quebrada e recebendo reparos mecânicos.

Ainda segundo um servidor público que não quis se identificar, a Operação Acolhida também teria sido acionada para prestar socorro ao homem, mas a informação dada é que não haveria meios para fazer a remoção do paciente.

No entanto, de acordo o denunciante, no pátio da Operação existe quatro ambulâncias, e nenhuma delas foi disponibilizada para atender o paciente.

OUTRO LADO-  A reportagem entrou em contato com a Operação Acolhida que enviou nota informando que a pedido do Hospital Délio Oliveira Tupinambá (HDOT), situado em Pacaraima, a remoção do referido paciente foi efetuada com sucesso, em 19 de fevereiro, para o Hospital Geral de Roraima, em ambulância da Operação Acolhida.

Ainda segundo a nota, Essa remoção soma-se às cerca de 300 já efetuadas desde o início da Operação, em março de 2018, mais de duas dezenas delas em apoio direto requisitado pelo HDOT.

A Operação Acolhida acrescentou na nota que, “prosseguirá na sua missão de prestar apoio complementar ao sistema público de saúde em Pacaraima, sempre dentro de suas possibilidades, o que inclui permanente e criteriosa avaliação do estado dos equipamentos médicos disponíveis, tais como as unidades móveis (ambulâncias). Sob nenhum pretexto é admissível submeter pacientes a situações de evacuação cujo risco seja superior ao da própria debilidade de sua condição. Nesse sentido, em havendo vidas humanas em risco, as decisões médicas (técnicas) serão sempre definitivas e soberanas, conforme preconiza o ordenamento jurídico brasileiro. Pressões e interesses difusos, de qualquer espécie, jamais terão precedência sobre a sensatez e a correta prática médica”, finalizou a nota.

GOVERNO DO ESTADO –  Por meio de nota, o Governo do Estado informou que ” A Direção do Hospital Délio de Oliveira Tupinambá esclarece que o paciente já foi encaminhado para Boa Vista, onde está recebendo tratamento médico especializado. O mesmo deu entrada na Unidade por volta das 16 horas de ontem, 19, apresentando quadro clínico compatível para Malária. A remoção do paciente foi feita por meio de suporte do Exército Brasileiro. A Secretaria de Saúde adianta que está com um processo licitatório para contratação de empresa especializada para realizar remoção de urgência.”, finalizou a nota.

Matéria atualizada às 12h58