Cotidiano

Preços de produtos em supermercados aumentam durante pandemia

‘Aumento da carne é reflexo do resto do país’ diz presidente da Coopercarne

Os preços do conjunto de alimentos básicos  aumentaram em 16 capitais em no primeiro semestre. É o que indicam os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

De acordo com o presidente da Cooperativa Agropecuária do Estado de Roraima (Coopercarne), Nadison Pinheiro, Roraima também passa pelo reflexo da alta da carne devido a vários fatores.

“O aumento da carne é reflexo de grandes exportadores. Cada região vai puxando a outra, como está havendo a alta no restante do país, Roraima também sente esse reflexo. Ainda existem fatores internacionais como o aumento do consumo da carne na Ásia. Regionalmente, sofremos também com queimadas e estiagem, além do aumento da população devido a imigração, há ainda o custo de produção em Roraima que é altíssimo” ressaltou.

O economista Fábio Martinez ressalta que a população deve se preparar para o aumento dos itens alimentícios.

“É um reflexo que o Brasil está passando e Roraima da mesma forma irá sentir isso, até porque são conjunturas internacionais que implicam no aumento desses produtos, principalmente a carne e o arroz. Na prática, o aumento ocorre em itens que são essenciais e esses produtos estão na mesa do brasileiro”, explicou.

Aumento do arroz

Um ingrediente tradicional na mesa do brasileiro e que é bastante consumido em Roraima, também terá reajuste nos próximos dias. O fardo com 30 quilos que atualmente tem o preço de R$98 passará a custar cerca de R$125.

O aumento no preço do fardo de arroz vendido para os supermercadistas irá impactar diretamente o consumidor final, que atualmente adquire o item pelo valor de aproximadamente R$3,50. Com esse reajuste o quilo do produto poderá custar até R$4,30 no comércio local.

De acordo com Isabel Itikawa, do Sindicato das indústrias de Grãos do Estado de Roraima, o arroz ainda é mais barato no Brasil do que outros países.

“O produtor compra os insumos todos em dólar, e na hora de vender acaba não lucrando, o consumidor precisa ter um preço acessível de acordo com o seu salário, porém o produtor vem sendo bastante atingido com o alto valor do preço do dólar” informou.

Veja a entrevista na íntegra

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