Cotidiano

Prefeitura vai adotar uso da cloroquina em Boa Vista

O medicamento não será distribuído indiscriminadamente, informou a administração municipal, sendo necessária uma avaliação criteriosa

Com o protocolo editado pelo Governo Federal para uso da cloroquina, a Prefeitura de Boa Vista (PMBV) informou nesta quarta-feira, 20, que o município vai seguir a recomendação do Ministério da Saúde (MS) e já está trabalhando para adquirir o medicamento para uso na Capital.

A cloroquina, no entanto, não será distribuída indiscriminadamente ressaltou a administração municipal. “O paciente precisará passar por uma criteriosa avaliação com um profissional médico, que vai decidir se o paciente precisará ou não tomar o medicamento, dependendo do estado de saúde ou de outras doenças. Nesse caso, o paciente deverá assinar um termo, onde deve declarar estar ciente de que o remédio não possui eficácia comprovada cientificamente”, informou a Prefeitura.

O novo protocolo do Governo Federal mantém a necessidade de o paciente autorizar o uso da medicação, explica a PMBV. O termo de consentimento, que deve ser assinado pelo paciente, ressalta que “não existe garantia de resultados positivos” que “não há estudos demonstrando benefícios clínicos”.

O documento afirma ainda que o paciente deve saber que a cloroquina pode causar efeitos colaterais que podem levar à “disfunção grave de órgãos, ao prolongamento da internação, à incapacidade temporária ou permanente, e até ao óbito”. 

Ministério da Saúde avalia repasse de insumos para Boa Vista

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que avalia a possibilidade de envio de medicamentos, insumos, testes e respiradores diretamente do Governo Federal para Boa Vista, sem intermediação dos Estados. A declaração ocorreu nesta quarta-feira. 20, após reunião por videoconferência com a prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB) e outros chefes do Poder Executivo.

Durante reunião, que foi solicitada pela prefeita de Boa Vista, os chefes dos executivos cobraram o envio dos insumos sem o intermédio dos estados, ‘que seria uma forma de agilizar os processos e evitar atrasos na prestação dos serviços à população’.

Segundo o ministro Pazuello, essa demanda, cobrada especificamente por Boa Vista, já está sendo avaliada pelo Ministério. “Temos capitais que são praticamente estados, como é o caso de Boa Vista. Concordo plenamente com essa questão para repassar diretamente às prefeituras as ajudas. Já estamos trabalhando para que isso aconteça, agilizando todo o processo para equipar as cidades e as unidades de saúde. Essa já era uma demanda do próprio Ministério”, garantiu.

A prefeita destacou a importância de haver essa ligação direta do Ministério com as cidades, visto que esse momento de pandemia requer agilidade na atuação do poder público. “O peso maior de toda essa questão recai sobre os municípios. São as cidades que estão enfrentando os maiores problemas com relação à saúde, aumento de casos, falta de testes, medicamentos e profissionais. Essa medida vai proporcionar maior agilidade no combate ao vírus e na assistência aos pacientes”, disse.