Cotidiano

Projeto aborda a masculinidade não-agressiva com imigrantes

Capacitação é trabalhada com homens migrantes no auditório da DPE/RR

A oficina para homens migrantes, intitulada “Valente não é violento”, que aborda a masculinidade não-agressiva e reflete as atitudes machistas do cotidiano ocorreu na manhã desta segunda-feira, 18, no auditório da DPE (Defensoria Pública do Estado), cujo trabalho tem parceria com a ONU Mulheres.

A formação junto aos homens migrantes nasceu a partir do projeto “Facilitadoras de Diálogos”, uma iniciativa voltada somente para as mulheres migrantes.

De acordo com defensora pública, Elceni Diogo, o “Valente não é violento” é uma proposta já trabalhada pela ONU mulheres, que a Defensoria está replicando com pequenas adaptações para o contexto do estado. “Não basta criar um espaço seguro para as mulheres aqui dentro da oficina, mas é preciso que tenham esse espaço seguro e essa segurança quando elas retornam para o convívio do abrigo, da rua, da casa dela ou de onde ela esteja estabelecida”, comenta a defensora.   

O projeto destinado aos homens é executado num horário oposto o das Facilitadoras, porque a ideia é que as mulheres migrantes participantes da oficina, motivem seus companheiros com quem convivem a participarem do “Valente não é violento.         

“O importante é trabalhar junto com o Facilitadoras, que é uma ideia de empoderamento das mulheres, mas uma mulher empoderada precisa conviver com um homem que compreenda o lugar da mulher na sociedade”, acrescentou Elceni.

Na oficina, é trabalhada a questão de comportamentos machistas e especialmente, a responsabilidade que os homens devem assumir no combate a violência contra mulheres e meninas. Propõe-se que, ao longo de toda a formação, estejam presentes discussões sobre gênero e os direitos humanos das mulheres e com os homens trabalhar a responsabilidade na luta contra a violência.  

“É importante salientar que a violência baseada em gênero será um assunto tratado em todas as formações, certificando-se que esteja evidente que, diante de casos de violência contra a mulher, a mediação já não se mostra como uma alternativa, e informando quais medidas devem ser tomadas nesta situação”, complementou Elceni.