Cotidiano

Projeto constrói protetor facial para profissionais de saúde

Grupo inicia a produção de protetores faciais para serem distribuídos

Protetores faciais estão sendo produzidos em Roraima por um grupo de voluntários e pesquisadores da Universidade Estadual de Roraima.

As máscaras precisam ser desinfectados para serem utilizados, de por aqueles que têm contato mais direto com as pessoas que estão sendo atendidas nos postos e hospitais públicos da cidade, com sintomas característicos do novo coronavírus.

O Projeto nasceu de uma ação mais ampla chamada Face shield Online  3D que iniciou na Bahia e se espalhou para o Brasil todo.

De acordo com a coordenadora do projeto, a professora Juliane Marques de Souza do  curso de ciências biológicas das UERR, o protetor facial, ou ‘face shield’, é composto por um suporte e por uma película de plástico, que cobre todo o rosto.

“Nós aderimos o projeto nacional e estamos executando esse projeto em Roraima, confeccionando esses escudos faciais. Hoje nós estamos trabalhando com cinco impressoras 3d, duas da universidade e as outras de colaboradores voluntários que estão fazendo. Todo o material que estamos utilizando é de doação e a expectativa é não parar a produção. ” relatou.

O protetor é composto de uma base, espécie de tiara, colocada na testa do profissional, na qual é preso um retângulo de plástico transparente, que cobre todo o rosto, até a altura do pescoço, formando uma barreira protetora das gotículas de saliva, secreção ou sangue, altamente contaminantes e muito comuns de serem enfrentadas por quem está na linha de frente dos hospitais ou outros setores de atendimento ao público.

Desse conjunto, somente a tiara é produzida nas impressoras 3D, enquanto o plástico pode ser adquirido em papelarias para receber pequenas alterações nas bordas e perfurações. As duas peças são interligadas com a ajuda de pinos.

“O profissional vai continuar usando a máscara, como acontece normalmente, mas ganhará uma proteção extra, muito importante. São cerca de 20 pessoas produzindo esse material, mas são muitas pessoas ajudando”, como a professora.

A iniciativa ocorre com o envolvimento de pelo menos seis universidades: UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UFF (Universidade Federal Fluminense), PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), UFPR (Universidade Federal do Paraná) e UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia).

A Anvisa publicou um decreto que permite, excepcionalmente, a fabricação de equipamentos de proteção sem autorização ou notificação ao órgão, desde que cumpridas as exigências de controle sanitário.