Cotidiano

Quase 100 doadoras compõem o banco de leite da maternidade

Saiba como é feito o processo de doação de leite e quem pode doá-lo e recebê-lo

O leite materno é de extrema importância para o recém-nascido. No Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, funciona o único banco de leite materno de Roraima. O banco atua no tratamento de bebês prematuros e mães com dificuldade na amamentação e atualmente conta com 95 doadoras.

O Banco de Leite é reconhecido com Selo Ouro pelo Projeto adstrito Rede de Bancos de Leite Humano, que atinge nível internacional. Essa certificação garante que o leite usado é de total segurança e qualidade,

Responsável pela coordenação geral do banco de leite, a fonoaudióloga Sílvia Furlin falou sobre como funciona o procedimento até o leite chegar ao bebê. “O banco de leite trabalha com o processamento e controle de qualidade do leite. Ao chegar no banco, o leite passa por um processo de pasteurização, para que seja fornecido com segurança aos recém-nascidos da UTI neonatal”, explicou.


Responsável pela coordenação geral do banco de leite, a fonoaudióloga Sílvia Furlin falou sobre como funciona o procedimento até o leite chegar ao bebê (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A fonoaudióloga também destacou que o leite processado é destinado prioritariamente aos pacientes da UTI neonatal, que acompanhado de uma nutricionista, é fornecido ao paciente de forma segura e que ajude no tratamento do recém-nascido.

Além desse serviço, o banco de leite também presta assistência a mães que têm dificuldade durante a amamentação. “Nós vamos verificar qual o motivo que essa mãe não está conseguindo amamentar o filho. Às vezes a mãe acha que não tem leite o suficiente e não é isso, apenas precisa de uma massagem ou uma posição correta e o bebê consegue mamar”, disse a doutora.

                                         


Maria Gabriela começou a doar no mês de janeiro deste ano (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Maria Gabriela Cavalcante é mãe do Gael, de quase dois meses. Natural de Recife, Maria Gabriela começou a doar no mês de janeiro deste ano. “Tive vontade de doar desde que eu estava grávida. Fiquei sabendo da doação através de grupos de mães no Whatsapp, acessei o Instagram e fiz o meu cadastro. Mesmo não tendo alta produção, acredito que é o suficiente para salvar vidas. O meu filho não precisou [do banco de leite] ao nascer, mas ele poderia estar nessa situação. Por isso, eu sei que tem mães que precisam dessa ajuda e como é importante.

Maria doa diretamente de sua casa, através do programa “Bombeiros Amigos do Peito”. “Toda semana os bombeiros entregam o frasco esterilizado e o recolhem na semana seguinte, cheio. Durante a semana encho o frasco e aguardo a rota vir buscar”, pontuou.

Para fazer parte da equipe de doadoras do banco de leite, basta clicar no link presente no instagram do banco, @bancodeleiterr, e entrar em contato. O processo é feito por uma equipe de profissionais, que acompanham a saúde da voluntária e orientam no processo da doação.