Cotidiano

R$ 250 milhões devem ser injetados na economia de Roraima

Segunda parcela deve ser paga a 87 mil trabalhadores dentro do Estado e o Comércio deve ser o setor mais beneficiado com o repasse


AYAN ARIEL

Editoria de Cidades

O mês de novembro é bastante esperado por aproximadamente 87 mil trabalhadores de Roraima, já que será feito o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário. Trabalhadores com Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) assinada e do setor público têm direito ao benefício.

Para esse ano, 43 mil servidores do serviço público federal e 44 mil empregados da iniciativa privada, que ainda não receberam a primeira parcela do abono receberão até o fim de novembro, o que deve movimentar cerca de R$ 250 milhões na economia roraimense. Desse percentual, a maior deve vir de trabalhadores da iniciativa pública.

O economista Fábio Martinez acredita que o impacto desse bônus deve ser refletido diretamente nas praças comerciais da capital e do interior. Porém, quem recebe o décimo terceiro também o usa para quitar algumas dívidas ou realizar outros planos.

“Quase sempre, esse trabalhador aproveita esse dinheiro para pagar algumas contas que acabou fazendo ou até mesmo utilizando para ir viajar, já que o pagamento coincide com essa época de férias”, argumentou o economista.

Martinez reitera o fato de a maior concentração será no consumo, principalmente por conta das próximas datas comemorativas, como o Natal. “Isso aquece a economia não só do Estado, mas também do Brasil, incrementando o mercado local e criando a oportunidade de empregos temporários”, complementou.

A data limite para haver o repasse da primeira parcela do décimo terceiro salário é até o dia 20 de dezembro na iniciativa privada. Para os servidores públicos, essa será a segunda parcela a ser paga, cujo valor orçado deve chegar a cerca de R$ 90 milhões. 

DICAS – Na medida em que se aproxima a data do repasse do décimo terceiro, o trabalhador começa a pensar no que pretende fazer com o tão sonhado dinheiro. Repositor em uma rede de supermercados da capital, Francisco Lima Pereira conta que pretende usar o bônus para comprar uma moto e prosseguir com o plano de construir um depósito.

“Com fé em Deus, vou conseguir fazer isso. E também ouvi falar sobre um aumento no décimo terceiro, então a expectativa é grande”, acredita Francisco.

Quem também tem planos para o benefício é a professora do curso de Jornalismo Vângela Morais, que pontua como prioridade sanar algumas pendências, como o pagamento de dívidas.

“As expectativas com esse recurso no fim do ano são sempre com o objetivo de zerar essas pendências ou para usufruir nesse período de fim de ano. Isso é o que sempre esperamos na gestão desse recurso e a gente sempre lembra daquilo dito pelos economistas, que é ter um controle financeiro para dar prioridade para o que for mais emergencial”, pondera a professora.

A dica básica para esse primeiro momento é o pagamento das dívidas, como alerta o economista Fábio Martinez. “As dívidas têm juros e multas, o que acaba o valor a ser pago. Então, quanto antes você pagar, melhor”, recomendou Martinez.

Outra dica de ouro é sempre ter uma reserva de emergência e não gastar todo o dinheiro, principalmente por conta dos primeiros meses do ano seguinte, onde geralmente aparecem as contas extras. Isso evita que você comece a virada da década no vermelho.

A terceira dica para o décimo terceiro é a compra à vista no comércio. “Não se endivide, não use esse benefício para dar entrada em um bem e ter que pagar ele por muito tempo, em várias parcelas. E a compra à vista também pode dar a vantagem do desconto”, destacou o economista.