Cotidiano

RR concentra as maiores áreas suscetíveis a deslizamento do norte

A informação faz parte de um estudo inédito feito pelo IBGE, que mostra as áreas com mais suscetibilidade a deslizamentos no Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou nesta sexta-feira, 29, um estudo inédito sobre deslizamentos no país, que mostra que Roraima é o estado da região norte que tem mais suscetibilidade a deslizamentos.

O mapa “Suscetibilidade a deslizamentos do Brasil: primeira aproximação” mostra que 5% do território de Roraima tem suscetibilidade muito alta a deslizamentos e 10,6% tem suscetibilidade alta.

A região Norte apresentou menores áreas de suscetibilidade a deslizamentos em comparação às outras regiões do país.

Depois de Roraima, aparece o Pará, com 2,4% (suscetibilidade muito alta) e 9% (suscetibilidade alta).

Cerca de 70% das áreas localizadas no Norte do país são pouco suscetíveis a deslizamentos em razão da presença de extensas áreas de depressão sobre o Cráton Amazônico, cuja subsidência no Cenozóico, em algumas áreas, originou as Planícies Amazônica, do Bananal, Guaporé, Rio Branco, Rio Negro e outras menores.

As poucas áreas de suscetibilidade alta ou muito alta se encontram, principalmente, nas bordas de áreas planálticas e nas serras situadas nos estados de Roraima, Pará, Amazonas, Amapá e Rondônia.

Essas áreas, em linhas gerais, estão esculpidas sobre cinturões metamórficos arqueanos e proterozóicos, em Parima e Imeri, em Roraima; em Carajás, no Pará; e em Tumucumaque-Vila Nova e Ipitinga, no Amapá.

Estão esculpidas ainda sobre as bordas da Bacia Sedimentar Paleozóica do Amazonas, nos estados do Pará e do Amazonas, e sobre as bacias do tipo rifte paleo e mesoproterozóicos, que formam serras e planaltos residuais no sul e no norte do Pará; serras Tunuí, Caparro e Neblina, no Amazonas; Imeri, Pacaraima e Monte Roraima, em Roraima; e Pacaás Novos e Uopiane, em Rondônia.

A preservação das áreas de florestas, campinaranas e savanas da região Norte, associada a uma menor taxa de ocupação humana – 8,72%, aproximadamente –, também contribuem para a predominância de áreas de baixa ou muito baixa suscetibilidade nessa região.