A rede estadual conta com hoje com 1.692 alunos especiais, que são aqueles que apresentam deficiências diversas, entre elas, auditiva, visual, múltipla, intelectual, física, além de transtornos globais do desenvolvimento, espectros do autismo e altas habilidades/superdotação.
Desde o ano passado, eles estão sendo atendidos de forma remota pelas escolas e também pelos Centros de Atendimentos Especializados da Seed (Secretaria de Educação e Desporto).
Na Seed, os Centros Especializados coordenados pela Divisão de Educação Especial do Departamento de Desenvolvimento de Políticas Educacionais, têm buscado estratégias e alternativas para continuar o atendimento aos estudantes.
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“A Divisão de Educação Especial tem o papel de orientar, apoiar, monitorar e desenvolver ações que favoreçam o acesso e a permanência com sucesso dos alunos da educação especial. Estamos buscando, mesmo de forma remota, estratégias pedagógicas que são primordiais para apoiar as escolas e as famílias dos nossos alunos, diminuindo os impactos na aprendizagem durante a pandemia”, ressaltou Isaura Maria Lobato, chefe da Divisão de Educação Especial.
Isaura destacou as ações promovidas pela Divisão para apoiar as atividades das escolas e dos centros na oferta do Atendimento Educacional Especializado, entre elas, a elaboração do Guia de Implementação das Atividades Não Presenciais para a Educação Especial, envio de materiais por meio de ferramentas digitais e a produção de materiais pedagógicos acessíveis.
CENTROS ESPECIALIZADOS
Os Centros de Atendimentos Especializados da Seed promovem atividades que auxiliam o atendimento aos estudantes especiais. No Centro de Atividades e Desenvolvimento de Altas Habilidades/Superdotação (CADAHS), por exemplo, o atendimento é dividido em duas etapas.
A primeira contempla a ‘Observação Assistida’, onde o aluno no período de um ano, passa por cinco salas de aprendizagem, nas quais correspondem aos cinco domínios de inteligência, que são: Artístico-Criativo, Linguístico-Verbal, Logico-matemático, Psicomotor e Naturalístico.
O Atendimento Educacional Especializado é a segunda etapa que contempla aqueles alunos que se destacaram em um ou mais domínios. Atualmente, o centro atende 147 alunos. Antonia Janaína Pereira, gestora pedagógica do CADAHS, afirma que o trabalho do centro durante esse período de pandemia, redobrou.
“Devido a covid-19, tivemos que sair do atendimento presencial e ir para o virtual. O que tem sido um desafio para os professores. Nós criamos grupos no Whatsapp para cada domínio, onde os professores enviam as atividades e acompanham os alunos atendidos”, informou Antonia.
Ethan Diego Morales é um dos estudantes da rede acompanhado pelo CADHAS. Ele estuda na Escola Estadual Diva Alves de Lima e está no 7° ano do Ensino Fundamental. De acordo a mãe de Ethan, Nathaly Guaimare, o desempenho pedagógico e habilidades artísticas do filho, melhoraram desde o início desse acompanhamento, que foi há dois anos.
“Ethan sempre foi um menino que teve destaque na matemática. Quando ele estava no 5° ano, foi indicado por uma das suas professoras para fazer atividades no CADHAS. Em um ano de observação, ele gostou muito, o que o levou a fazer outros domínios, não somente matemática. As aulas no Centro têm sido muito boas para o seu desenvolvimento”, destacou Nathaly.
Além do CADAHS, os outros centros especializados da Seed são o Centro Estadual de Atendimento a Pessoas com Surdez que atende hoje 25 alunos, o CAP-DV (Centro de Apoio Pedagógico para Deficientes Visuais) que atende 19 alunos deficientes visuais, o CAE/BV (Centro de Atendimento Educacional Especializado de Boa Vista) com 46 atendidos.
O Centro Estadual de Atendimento Educacional Especializado Denise Messias Santos, localizado em Caracaraí, com 81 atendimentos. O CEEP (Centro Estadual de Estimulação Precoce) com 194 pessoas atendidas e por fim, o Cequo (Centro Estadual de Equoterapia Thiago Vidal Magalhães Pinheiro), localizado no Parque de Exposições Dandãezinho, na BR-174 que funciona por meio de gestão compartilhada com outras secretarias e órgãos do Governo.
