Cotidiano

Roraima deve deixar de exportar 600 toneladas de frutas

Em 2018, Roraima exportou 1.462 toneladas, em sua maioria, laranjas para o Amazonas

Com a resolução publicada no Diário Oficial que impossibilitou oito regiões do estado a exportar frutos deve causar prejuízo. De acordo com o diretor de defesa vegetal da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), Marcelo Parisi, após ser identificado foco da mosca da carambola e deixar as regiões em quarentena, cerca de 560 à 600 toneladas deixarão de ser exportadas.

Em 2018, Roraima exportou 1.462 toneladas, em sua maioria, laranjas para o Amazonas. De janeiro desse ano até agora foram cerca de 900 toneladas de frutas.

“Esperamos que esses frutos sejam comercializados em Roraima para que não tenha um prejuízo ainda maior. Estamos em contato direto com o Ministério da Agricultura para sanar essa situação” relatou.

Representantes da Coophorta (Cooperativa dos Hortifrutigranjeiros de Boa Vista) participaram de reunião com o governador Antonio Denarium na manhã desta segunda-feira, 24, no Palácio Senador Hélio Campos. A pauta da reunião foi sobre como reverter a medida do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) que proíbe a exportação de frutos hospedeiros da mosca da carambola.

Durante a reunião, o governador Antonio Denarium realizou videoconferência com a ministra Teresa Cristina Corrêa e com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Tollstadius, onde ambos se comprometeram em fazer uma novo convênio com o Estado para montar novas barreiras.

 

O presidente da Coophorta, Odaci Henz, explicou que o veto à exportação pode ser revertido, pois o foco encontrado não causa prejuízo às produções. “Nós pedimos um pouco mais de flexibilidade, pois a mosca encontrada era do sexo masculino, ou seja, que não tem grande possibilidade de alastramento, mas eu acredito que essa situação será resolvida em breve e poderemos retomar a venda para Manaus”, disse.

 

O vice-presidente da Coophorta, Eliézer Machado, disse que a praga é um assunto de grande preocupação, tanto em Roraima como em todo o País. “Estamos satisfeitos por ter ouvido a posição do governador e também da ministra e acreditamos que logo tudo será resolvido e não trará prejuízos para os produtores de Roraima”, analisou.