Cotidiano

Roraima registra a maior taxa de desemprego desde 2011

Percentual foi de 42 mil pessoas consideradas desocupadas neste primeiro trimestre de 2020

O Estado apresentou a maior taxa de desemprego da última década com 42 mil pessoas em Roraima consideradas desocupadas neste primeiro trimestre de 2020. A taxa de desocupação ficou em 16,5% e passou a ser a mais alta desde o início da pesquisa, em 2011.

A informação foi repassada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na última sexta-feira, dia 15.

Em relação ao trimestre anterior, o aumento foi de 1,7 ponto percentual (p.p.), o que representa 4 mil pessoas a mais desocupadas em Roraima. Já em relação ao mesmo trimestre de 2019, a taxa subiu 1,5 p.p.

Apenas dois estados tiverem taxas piores que Roraima: a Bahia, com 18,7%, e o Amapá, com 17,2%. Alagoas apresentou a mesma taxa de Roraima (16,5%). As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (5,7%), seguida por Mato Grosso do Sul (7,6%) e Paraná (7,9%).

No país, a taxa de desocupação foi de 12,2%, subindo 1,3 ponto percentual em relação ao 4º trimestre de 2019 (11%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2019 (12,7%), houve queda de 0,5 p.p.

Tempo de procura

Em relação ao tempo de procura, em Roraima, no primeiro trimestre de 2020, 43,6% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho; 20,5%, há dois anos ou mais; 10,9%, de um ano a menos de dois anos e 24,9%, há menos de um mês. Em Roraima, 9 mil pessoas procuram trabalho há 2 anos ou mais. Essa estimativa representa um aumento de 80% em relação ao primeiro trimestre de 2019 (5 mil pessoas).

Informalidade

A taxa de informalidade do 1° trimestre de 2020 ficou em 45,1% da população ocupada de Roraima. Entre as unidades da federação, as maiores taxas foram registradas no Pará (61,4%) e Maranhão (61,2%), e as menores em Santa Catarina (26,6%) e no Distrito Federal (29,8%).

(Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar).

Pessoas desalentadas

O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) no 1º trimestre de 2019 foi de 4,8%, crescendo 1,8 p.p. na comparação com o 1º trimestre de 2019. Maranhão (17,8%) e Alagoas (15,5%) tiveram os maiores percentuais. Já Santa Catarina (0,8%) e Rio de Janeiro (1,2%) apresentaram os  menores percentuais.

Trabalhadores por conta própria

O percentual da população ocupada em Roraima trabalhando por conta própria foi de 27,9%. Este número  sofreu uma queda de 1,5 p.p. em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. As unidades da federação com os maiores percentuais foram Amapá (39,5%), Pará (35,2%) e Amazonas (34,3%). Os menores percentuais foram observados no Distrito Federal (19,3%), São Paulo (21,9%) e Santa Catarina (22,9%).

Empregados com carteira de trabalho assinada

O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada foi de 64,7% do total de empregados do setor privado de Roraima. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (88,8%), Paraná (82,1%), São Paulo e Distrito Federal (81,2%). Os menores, no Maranhão (48,3%), Piauí (53,9%) e Pará (54,5%).

Taxa de subutilização

Em Roraima, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 30,8%. O aumento foi de 3.4 p.p. em relação ao trimestre anterior (27,4%). No país, esta taxa foi de 24,4%.

Rendimento médio

O rendimento médio real de todos os trabalhos habitualmente recebidos por mês pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.315. Este resultado apresentou estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.246) quanto em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.311).

Apenas a região Sudeste (R$ 2.776) teve crescimento do rendimento médio real (2,2%) na comparação trimestral, enquanto as demais regiões permaneceram estáveis.