Cotidiano

Roraima tem rastreamento da malária para atualizar localidades vulneráveis

Encontro com representantes dos municípios e do MS segue até sexta-feira, 29, com a construção de um mapa

Para atualizar as localidades vulneráveis e receptivas de transmissão da malária, promover ações de combate à doença e garantir a redução de casos, é realizada ao longo desta semana uma oficina destinada a técnicos dos municípios e dos Distritos Sanitários Indígenas de Roraima. O evento ocorre em parceria entre a Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) e o Ministério da Saúde.

A oficina é realizada no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRR) e o primeiro dia contou com a participação de 100% dos municípios, além da contribuição e apresentação do técnico do Ministério da Saúde, Márcio Fabiano. O encontro terá como resultado a construção de um mapa, que deve orientar a análise epidemiológica da Malária em Roraima.

A programação segue até sexta-feira, 29. Para o secretário adjunto da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), doutor Douglas Teixeira, a retomada dos encontros garante celeridade no processo de trabalho e combate eficaz da malária em todos os municípios.

“Em Roraima existem muitas particularidades, como biomas diferentes. Sabemos que a doença faz parte da nossa realidade há muitos anos, mas hoje, temos condições de garantir um diagnóstico rápido e melhor do que isso, podemos trabalhar na prevenção de casos”, disse.

Redução

De acordo com a coordenadora geral de Vigilância em Saúde, Valdirene Oliveira, por meio do Núcleo de Controle da Malária, a força-tarefa contra a malária tem garantido a diminuição dos casos em 10 municípios e com a criação desse mapeamento digital, será possível reduzir os casos em 100% dos municípios.

“No período de janeiro a setembro de 2020 e no mesmo período de 2021, houve redução da malária em 10 municípios [Alto Alegre, Amajari, Cantá, Caroebe, Iracema, Mucajaí, Pacaraima, São João da Baliza e Uiramutã]. É importante salientar que o município de Alto Alegre que vinha liderando no número de casos de malária nos últimos anos, apresentou uma redução de 51% em 2021 em relação à 2020”, explicou a coordenadora.

O gerente do Malária da capital, Creomar Oliveira, destaca a importância do georreferenciamento e a atualização dos locais de real incidência. “O evento foi muito esperado por todos e só tem a somar com o município, falar sobre esse tema é fundamental para sabermos onde a malária está acontecendo e poder desenvolver nossas ações e dar uma resposta maior para o controle maior da malária”, disse.

A gerente do Núcleo de Controle da Malária, Dulcinéia Barros enfatiza que cada técnico representante será um multiplicador dos conhecimentos adquiridos e referências na implantação da metodologia nos municípios e nas áreas indígenas.

“Na prática vai haver uma mudança muito grande no controle da malária em todo estado. A gente vai trabalhar com os técnicos sobre o mapeamento geográfico e esses dados de coordenadas que eles possuem, através de um sistema, serão transformados em mapa. A partir disso vamos mapear as áreas de risco e criar ações de controle mais eficazes”, pontuou.