Cotidiano

Sepultamentos devem obedecer plano de contingência

Finalidade é possibilitar a resposta eficaz, proteger a população sobre o manejo e tratamento dos óbitos pela doença

O Plano Integrado de Contingência de Sepultamentos, o Placon. apresenta protocolos, ações e decisões a serem adotados pelas Secretarias ou órgãos estaduais em casos de óbitos causados pelo novo Coronavírus (COVID-19), como identificação, manuseio e funeral.

Caracaraí, São Luiz, São João da Baliza, Caroebe e Rorainópolis, ao Sul de Roraima, são os primeiros municípios a serem visitados pelas equipes do C-4 (Centro de Coordenação de Comando da COVID-19), nesta terça-feira, 2.

Todos os protocolos recomendados pelas Organizações de Saúde já são adotados, entretanto o Placon surge para formalizar os procedimentos. Assim, a finalidade é possibilitar a resposta eficaz, proteger a população sobre o manejo e tratamento dos óbitos pela doença. 

“Além de oficializar os protocolos, a ideia de visitar os municípios é que, ao apresentar o Plano, possamos discutir a realidade de cada cidade e identificar suas necessidades para incluir ao Placon”, acrescentou um dos membros da equipe, capitão Guaracy Lavor da Defesa Civil do Corpo de Bombeiros.

Também fazem parte da equipe a Sesau (Secretaria de Saúde) por meio da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde e da Vigilância Sanitária, e a Seampu (Secretaria de Articulação Municipal e Política Urbana).

 O QUE TEM NO PLACON?

O Plano Integrado de Contingência pontua os itens necessários a serem usados por toda equipe que maneja o corpo da vítima da doença. Os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) citados são: gorro; óculos de proteção ou protetor facial; Avental impermeável de manga comprida ou macacão Tyvec; e máscara cirúrgica.

 Se for necessário realizar procedimentos que geram aerossol, como extubação ou coleta de amostras respiratórias, é necessário usar máscara modelo N95, PFF2 ou equivalente.  Também é preciso usar luvas nitrílicas para o manuseio durante todo o procedimento e botas impermeáveis.

 O Placon apresenta, ainda, detalhes dos protocolos de segurança e cautelas que devem ser tomadas pelas equipes de saúde e segurança que forem atender as ocorrências de óbitos ocorridas em unidades de saúde, em domicílio ou em vias públicas.

 Outros itens apontados no documento são o Auxílio Funeral e Psicosocial que ocorrerão por meio da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social).

 Os benefícios atenderão cidadãos e famílias cuja renda familiar mensal per capita seja de até um salário   mínimo e meio, ou que a ocorrência de morte por COVID-19 provoque fragilidade financeira no âmbito familiar e dificuldades na manutenção do indivíduo e sobrevivência de seus membros.

 Estes atendimentos serão ofertados somente em Boa Vista e demais municípios que não possuem cemitério no âmbito de seu território ou que tiverem a capacidade para sepultamento esgotada.

 Em relação aos funerais de pessoas vítimas da COVID-19, o Placon detalha normas a serem seguidas pelas empresas funerárias, bem como pelos cemitérios durante velórios e enterros. O principal ponto é quantidade de pessoas permitidas durante o momento da despedida, que é de até 10 pessoas.

 “Entendemos que é um momento de dor para as famílias. Temos o objetivo de dar todo apoio possível e além disso cuidar da saúde dessas pessoas, por isso é importante seguir esses protocolos e evitar as aglomerações para prevenir que mais cidadãos sejam contaminados com a doença”, explicou o capitão da Defesa Civil, Guaracy Lavor.

 

Publicidade