Cotidiano

Servidores denunciam falta de combustível e alimento na Pamc

Na distribuição do café da manhã, os servidores evidenciaram a falta de 150 pães e falta de gasolina nas viaturas

Funcionários da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) denunciaram a falta de combustível para a viatura utilizada para encaminhar os presos ao Hospital Geral de Roraima (HGR). Além disso, há falta de material de limpeza das alas e alojamentos, tais como sabão em pó, água sanitária, detergente e inseticida.

Na distribuição do café da manhã, os servidores evidenciaram a falta de 150 pães. “Para substituir os alimentos, foi enviado bolachas para serem distribuídas. A situação está calamitosa, se um preso passar mal, ele vai morrer por que não tem gasolina na viatura para leva-lo ao hospital” explicou um agente penitenciário, que pediu para não ser identificado.

Outra denúncia dos funcionários é a falta de efetivo e comprometimento da segurança, já que, o Grupo de Intervenção Tática (GIT) recebeu folga de três dias a partir do dia 15. “Isso coloca em risco a segurança da unidade, que está com o efetivo de plantão reduzido. Todos esses problemas vem causando um stress na vida social do presídio. Sem falar na completa falta de materiais para repelir possíveis agressões por parte dos internos. Houve duas escoltas para o HGR precisando diminuir ainda mais o quantitativo de agentes nos postos de serviço” afirmou o agente.

Governo do Estado  – A Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) informa que, quanto ao material de limpeza, houve compra no início deste mês de novembro, e a entrega foi realizada na Pamc. “Pode ser que esteja ocorrendo algum problema de distribuição dentro da unidade e isto será verificado” diz trecho da nota enviada à Folha Web.

No que tange ao Grupo de Intervenção Tática, os componentes receberam folga porque trabalham numa escala diferenciada e estão com sobrecarga de serviço, pois assumiram totalmente as funções dentro da penitenciária, enquanto os agentes penitenciários lotados na unidade estão responsáveis pelos movimentos na parte externa.

“Os agentes ficam com o trabalho na escola, na escolta para o Judiciário e nas videoconferências. Como não há este tipo de atividade nos feriados e nos fins de semana, o efetivo precisa ficar dentro da unidade, fazendo o serviço de guarda, com o apoio dos agentes da Ftip (Força Tarefa de Intervenção Penitenciária)”.

Ainda sobre o Grupo de Intervenção Tática, os integrantes, mesmo de folga, estão preparados para atuar, caso aconteça alguma situação de instabilidade ou de tumulto na Penitenciária Agrícola.

Sobre o combustível, esclarece que, de fato, a despeito de a Sejuc não ter débitos com a empresa neste ano, ela bloqueou o fornecimento em razão de dívidas pendentes ainda da gestão passada. De todo modo, o abastecimento das viaturas está sendo feito, mediante solicitação do diretor da penitenciária.