Servidores do abrigo de idosos reivindicam pagamento de insalubridade

RODRIGO SANTANA

Editoria de cidades

Uma servidora do Abrigo de Idosos, procurou a Folha para denunciar a falta do pagamento de insalubridade no valor de R$ 530 reais. Segundo ela, que prefere não se identificar, os servidores solicitaram o benefício da Secretaria Estadual de Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) há cerca de um ano, mas até hoje não foram atendidos.

“Logo que assumimos o cargo dentro do abrigo de idosos, procuramos a Setrabes para reivindicar nossos direitos. Solicitamos de imediato o pagamento de insalubridade aos servidores, mas até hoje o benefício não foi pago”, afirmou.

A servidora conta que os agentes sócio-geriátricos agora, mais do que nunca, precisam receber o pagamento da insalubridade, pois eles estão precisando comprar Equipamento de Proteção Individual – EPI.

“Devido ao esforço físico que tenho feito para atender os idosos, acabei prejudicando minha coluna. Hoje, preciso tomar medicamentos para me recuperar. Estou preocupada, pois tenho que comprar os equipamentos de proteção para executar minhas atividades. O mesmo acontece com outros agentes”, relatou.

Ao todo, são 28 agentes sócio-geriátricos que trabalham na assistência dos idosos no abrigo, que desde o mês de março funciona na sede do Rede Melhor Idade, que fica no bairro Caranã. A servidora relatou a necessidade na contratação de novos agentes para diminuir a carga de trabalho.

“Trabalhar com o atendimento aos idosos merece uma atenção especial. Quando existe um idoso totalmente dependente é necessário que ele seja atendido por dois agentes. Estamos sobrecarregados e a secretaria precisa convocar os aprovados que estão na lista de espera”, recomendou. 

Outro problema apontado pela servidora tem a ver com a alimentação dos próprios idosos, que segundo ela não está sendo oferecida com os nutrientes adequados a eles.

“Fico chocada porque os idosos não têm uma alimentação correta. Nos últimos meses eles estão se alimentado quase que exclusivamente com frango. Não tem como os idosos comerem apenas um tipo de alimentação. Eles precisam de nutrientes para que possam ter uma qualidade de saúde”, enfatizou.

OUTRO LADO – A da Folha procurou a Setrabes, mas até o fechamento dessa reportagem não obteve retorno.