Cotidiano

Só 35% vacinaram em Boa Vista

A campanha contra a poliomielite foi prorrogada até o dia 20 deste mês, devido a baixa procura pela vacina na capital. De 23.704 crianças que deveriam tomar a vacina, somente 8.516 receberam as doses.

A capital de Roraima tem apenas 35% de cobertura de vacinação contra a poliomielite. Ou seja, de um total de 23.704 crianças que deveriam tomar a vacina, somente 8.516 receberam as doses.

Já o município de Bonfim, localizado a 125 quilômetros da Capital, região leste do Estado, apresenta 97% de cobertura, possuindo o maior índice com 1.307 vacinações. A meta para esse município é alcançar 1.338 doses aplicadas. Esses dados constam no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).

A campanha contra a poliomielite foi prorrogada até o dia 20 deste mês, devido a baixa procura pela vacina no Estado. Crianças de 1 até 4 anos 11 meses e 29 dias de idade devem tomar a vacina.

A gerente estadual do Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunização (NEPNI), Alice Dantas, alerta que o número de crianças vacinadas antes da prorrogação da campanha foi inferior à meta prevista.

Alice Dantas: “A criança quando não vacinada, fica vulnerável, ainda mais pelo estado ser fronteira com outro país (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Roraima tinha a previsão de vacinar 41.300 mil crianças, mas até o momento apenas 20 mil foram vacinadas.

“Até o dia 30 de outubro, data que a campanha se encerrou em nível nacional, pouco mais de 9 mil crianças haviam sido vacinadas, hoje dia 10 de novembro, estamos com 20 mil crianças vacinadas. O Ministério da Saúde preconizou uma meta de 95% no país.”, acrescentou Alice.

A hipótese levantada por conta da baixa procura pela vacinação tem sido pelo receio das pessoas irem até as unidades de saúde e se contaminarem com o novo coronavírus ou mesmo, pela falta de profissionais nessas unidades, pois muitos adoeceram por conta da covid-19.

Vacina está disponível nos postos de saúde 

Alice explica que é importante que os pais levem os filhos até uma unidade de saúde, para que a cobertura vacinal seja ampliada e não tenha a reintrodução da doença no país.

“O último caso registrado no Brasil foi em 1989, mas essa doença está ativa em outros países, por isso quando a criança não está vacinada, ela fica vulnerável, ainda mais pelo estado ser fronteira com outro país. O sarampo é uma doença que teve um surto em 2018, por conta das baixas coberturas vacinais”, afirmou.

ALERTA

A Poliomielite ou paralisia infantil é uma doença altamente contagiosa causada pelo poliovírus, podendo infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia.

A vacinação é a única forma de prevenção. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.