Cotidiano

UFRR pode receber menos recursos se for utilizado ranking do TCU

Para UFRR, critério penalizará instituição por ter apenas 30 anos e estar sendo comparada com instituições do sudeste

A Universidade Federal de Roraima (UFRR) ocupa uma das posições mais baixas do ranking de governança do Tribunal de Contas da União (TCU). Este ranking poderá ser um dos indicadores utilizados pelo Ministério da Educação (MEC), que analisa mudanças na forma como são distribuídos os recursos para as universidades federais do país. 

Atualmente esses recursos são repassados conforme o tamanho das universidades no qual as federais maiores e que possuem mais alunos recebem maior quantidade do orçamento destinado para esse fim. 

Na última edição do ranking de governança do TCU, realizado no ano de 2018, a Universidade Federal de Roraima (UFRR) e a Federal do Rio de Janeiro figuraram nas últimas posições, e desta forma poderiam ser as menos beneficiadas se entrassem em vigor as novas regras. No outro lado da moeda estão a Universidade de Lavras (UFLA) e de Mato Grosso do Sul (UFMS), que estão no topo da lista.

Segundo o TCU, o levantamento tem o objetivo “de obter e sistematizar informações sobre a situação de governança pública e gestão em organizações federais, de maneira a identificar os pontos mais vulneráveis e induzir melhorias nessas áreas”. O levantamento do TCU ainda apontou que a maioria das instituições federais que foram analisadas não possuem condições de entregar à sociedade brasileira os resultados esperados por elas.

A UFRR, por meio de nota, destacou que não concorda com o critério que o MEC tem utilizado, pois coloca a federal de Roraima no mesmo patamar que a do Rio de Janeiro, e que seria impossível comparar o contexto local com a região sudeste, por ser algo destoante. 

A nota ainda destaca que a UFRR é uma instituição jovem que ainda está desenvolvendo uma expertise, inclusive administrativa e gerencial, e que se o critério a ser utilizado for esse, a UFRR será penalizada por ter apenas 30 anos. “Se nós estamos mal no ranking, consequentemente, nós vamos receber menos recursos e o impacto disso na universidade vai ser que ela vai ter dificuldades de prestar um bom serviço e de melhorar o que faz aqui em Roraima, que é formar, desenvolver pesquisas, fazer ciência”, destaca a nota.