Cotidiano

UFRR rejeita adesão ao programa Future-se

Universidade Federal de Roraima confirmou decisão em nota divulgada nesta quarta-feira (14)

O Conselho Universitário da Universidade Federal de Roraima (UFRR) rejeitou adesão ao programa Future-se do Ministério da Educação, conforme nota divulgada nesta quarta-feira (14) no site da instituição.

De acordo com o texto publicado, o Conselho, em reunião extraordinária realizada no dia 12 de agosto de 2019, considerou que a minuta do Programa não está detalhada.

“Está clara a ausência de políticas comprometidas com as premissas que constituem a universidade pública, apresentando, inclusive, falta de alinhamento com o Plano Nacional de Educação (2014-2024).” diz trecho da nota.

Em coletiva de imprensa realizada no final de Julho, o reitor da UFRR, Jefferson Fernandes, disse a considerar a instituição de ensino ainda nova para se auto financiar via captação de recursos privados. Atualmente o orçamento anual da Universidade é de R$ 235 milhões.

“Defendemos que a Universidade continue pública, com financiamento governamental, porque somos uma região periférica da Amazônia. Basta olhar nossa vulnerabilidade social, diferente da realidade de outras partes do país. Não existe possibilidade de captarmos recursos na quantidade que a Universidade precisa. Somos o quarto financiamento do estado de Roraima e não há como arrecadar tanto de forma privada”, explicou à época.

Entenda a proposta do Governo Federal

O Future-se, apresentado pelo MEC em 17 de julho aos reitores das Universidades Federais do país durante reunião realizada em Brasília, é resumido em quatro palavras básicas: “Patrocínio, patrocinador, aluguel e parceria”.

Entre as medidas estão a constituição de fundos imobiliários privados para vender imóveis ociosos que façam parte do patrimônio das universidades, a possibilidade de participação de Organizações Sociais na gestão de parte dos gastos e o aumento da captação de recursos do setor privado para financiar projetos — como o uso econômico do espaço público.

Também estão previstos os chamados “naming rights” em edifícios das universidades e institutos federais, que poderão ter o nome de empresas, em troca de financiamento por parte delas.