Cotidiano

Vigilante do HGR se recusa a liberar corpos no horário de almoço

Ele comunicou as funerárias através de áudios em aplicativo de mensagens

Um vigilante, de uma empresa terceirizada, que atua no Hospital Geral (HGR) se recusa a liberar corpos no horário de meio dia às 14h, isso porque ele está em horário de almoço. As funerárias entraram em contato com a Folha BV para denunciar o caso.

O comunicado foi feito as empresas através de um aplicativo de mensagens. Os denunciantes encaminharam áudios para a reportagem, onde o vigilante diz que não irá liberar os corpos nesse período por que está em horário de almoço, a não ser para o Instituto Médico Legal (IML).

“Eu estou orientando todo o pessoal da funerária. Se tiver algum tipo de remoção no período de 12h às 14h, ninguém vai fazer no meu plantão nesse horário. Eu estou falando no meu plantão, a não ser se for para o IML, que ai é outra situação. Porque as vezes a gente está com a comida na boca e tem que parar pra fazer remoção”, disse ele.

O áudio segue com o vigilante falando que caso a funerária descumpra o horário ela irá voltar. “Não adianta vir nesse horário porque ninguém vai fazer. Se chegar 12h01 pode ter certeza que vai voltar, eu não vou dar a chave para ninguém”, fala.

O vigilante não demostra medo de consequências em relação a exigência e diz que caso as funerárias não estejam satisfeitas podem ir na ouvidoria ou direção da unidade hospitalar. “Se quiser ir reclamar pode ir e dá o meu nome”, diz.

Em nota a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) diz que averiguou a situação junto ao Hospital Geral e, segundo a Direção Administrativa, a informação não procede.

“A retirada de corpos do necrotério da unidade é feita pelas funerárias contratadas pelos familiares, no entanto, uma falha na comunicação entre a equipe de segurança e a empresa contratada para realizar a retirada do corpo acabou ocasionando o mal entendido”, diz a nota.

“A Direção Administrativa do HGR ressalta ainda que já está tomando todas as medidas cabíveis para evitar que o problema ocorra novamente”, finaliza a Sesau.