Economia

87% das pessoas acham conta de luz cara no país

Para 65% os impostos são excessivos; 57% querem abertura do mercado para escolher os próprios fornecedores de energia

De acordo com a Pesquisa de Opinião Pública 2019 sobre o que pensa e quer o brasileiro do setor elétrico, produzida pela Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia) em parceria com o Ibope, os brasileiros não estão satisfeitos com o valor pago na conta de luz no final do mês. O levantamento mostra que 87% dos entrevistados consideram a conta de energia cara — um crescimento de 4% em relação ao ano anterior.

Para 65% dos brasileiros os impostos são excessivos e 64% dos cidadãos tentam economizar energia para que isso não atrapalhe o orçamento familiar. Para melhorar esse cenário, 57% acreditam que uma boa solução seria uma abertura do mercado, a fim de propiciar maior concorrência no setor e, consequentemente, uma melhora nos serviços ofertados. São 79% aqueles que gostariam de ser livres para escolherem por conta própria a fornecedora de energia. Esse número é 10% maior do que a última avaliação, realizada em 2018.

O objetivo com a pesquisa foi saber a opinião dos cidadãos em relação a escolher a empresa fornecedora de energia elétrica e até mesmo o desejo de produzir a própria energia. Foram entrevistadas 2002 pessoas de todo país entre 16 e 55 anos entre os dias 23 e 27 de maio.

“Os resultados apontam um crescimento constante no interesse do brasileiro em ter liberdade de escolha. O Brasil não pode caminhar na contramão do mundo. Países desenvolvidos abriram seus mercados de energia e desfrutam de uma economia e de um crescimento de produção que o nosso mercado também merece”, disse o presidente da Abraceel, Reginaldo Medeiros, à Agência Brasil.

Enquanto isso não acontece, existem outras formas de gastar menos na conta de luz. Se o consumidor ainda não comprou o eletrodoméstico desejado, é necessário verificar se ele possui o Selo Procel, utilizado para informar o nível de eficiência energética de algum produto. A nota varia de A (mais eficiente) a G (menos eficiente). Esses equipamentos são testados em laboratório e a etiqueta atesta a qualidade energética do produto.


Nos últimos anos, também tem surgido uma série de eletrodomésticos com novas funções e tecnologias para diminuir o gasto de energia. É o caso da tecnologia inverter, presente em ar-condicionado, ajudando não só a diminuição na conta de luz como também sendo uma alternativa mais sustentável ao planeta, com a utilização do gás ecológico R-410A ,que não prejudica a camada de ozônio, não é tóxico e nem inflamável.