Economia

Brasileiros passaram a usar mais cartão de débito na pandemia

Pesquisa aponta que 58% dos consumidores mudaram a forma de pagamento que mais usavam e que compras online são 10% mais populares do que presenciais, mesmo com lojas abertas

A pandemia mudou a rotina de populações no mundo inteiro e, apesar de alguns dos novos hábitos serem provisórios e já estarem sendo abolidos com o controle da pandemia, outros parecem que se tornarão permanentes. É o caso da digitalização do pagamento e da mudança da preferência pelo dinheiro físico para o cartão de débito.

O Levantamento da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), em parceria com a empresa de produção de estudos Toluna, aponta que 58% dos consumidores afirmaram terem mudado os seus meios de pagamento usuais depois da chegada da pandemia – 35% dos pesquisados trocaram as cédulas pelo cartão de débito.

Preferência por compras online

Entre outras modificações pós-pandemia que sinalizam o aumento da inserção no sistema bancário e a digitalização das relações de comércio dentro do levantamento da SBVC está a preferência pelas compras digitais, mesmo depois da reabertura das lojas físicas.

De acordo com o estudo, 91% dos consumidores estão satisfeitos com a experiência de compra online, enquanto a taxa de satisfação para as compras presenciais é de 81% – dez pontos percentuais a menos. Mais da metade dos compradores (53%) também diz que continua frequentando menos as lojas físicas do que antes da pandemia.

Esse resultado de aumento de fluxo no meio digital veio, além da boa experiência de quem já costumava ir às compras na web, dos novos clientes que essa forma digital de compra conquistou com ajuda da pandemia. Os dados apontam que 14% dos consumidores online tiveram a primeira experiência de compra pela internet pela primeira vez em 2020, durante o isolamento social.

Mais brasileiros com conta em banco

Outra grande influência para a digitalização é a diminuição de brasileiros sem conta em banco, que caiu em 73% de junho até novembro, de acordo com o estudo “Aceleração da inclusão financeira durante a pandemia da Covid-19”, realizado pela consultoria Americas Market Intelligence, em parceria com a empresa do setor de pagamentos Mastercard.

O  aumento de pessoas bancarizadas se deu, em especial, pela necessidade de acessar o auxílio-emergencial do governo e também de continuar consumindo e realizando transações dentro de casa enquanto os comércios presenciais estavam fechados ou a população restrita de ir às ruas.

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