Economia

Consumo de mel triplica durante pandemia em Roraima, diz apicultor

Segundo o vice-presidente da Associação Setentrional de Apicultores (ASA), Dércio Ferreira, a procura e o consumo de mel aumentou no estado

Com pandemia de coronavírus, muitas pessoas viram o mel como um aliado à prevenção do vírus que atinge a imunidade. Não foi diferente com a população roraimense. Segundo o apicultor e vice-presidente da Associação Setentrional de Apicultores (ASA), Dércio Ferreira, a procura e o consumo de mel quase triplicou no estado.

“Devido a pandemia teve um acréscimo. Praticamente triplicou o consumo e a procura de mel, devido ser um alimento fonte de vitaminas, minerais e um pouco de proteína”, disse Ferreira.

O apicultor explica que a produção de 2019 a 2020 foi de cerca de 300 toneladas de mel. Porém, ainda não pode afirmar um valor sobre a produção de 2020 a 2021 porque não foi finalizada. 

Dércio disse que é apicultor desde 2009 e somente há dois anos a produção da ASA atingiu níveis capazes de exportar mel até para a Alemanha, pela segunda vez, através uma empresa do Paraná. Segundo ele, o Roraima é o maior consumidor da própria produção, com a venda nas feiras e mercados e através dos contratos com a Prefeitura de Boa Vista, Governo e projetos como o Mesa Brasil.

Ainda, tem grande expectativa de aumento da atividade no estado é grande, principalmente depois do incentivo do Governo de Roraima, que está financiando cerca de três mil caixas-colmeia para os apicultores do estado. E, conforme Dércio, esse é o único incentivo que agora estão recebendo.

“Com a ajuda do Governo do Estado agora dá uma alavancada. Em princípio sim [esse é o único incentivo do governo], porque desde novembro do ano passado ele vem ajudando a apicultura a ter destaque no estado”, completou.

 Na primeira remessa do incentivo, foram entregues 276 caixas para 23 do 36 apicultores que fazem parte da ASA. 

O apicultor Dércio Ferreira disse que a produção de 2019 a 2020 foi de cerca de 300 toneladas de mel

AGRICULTURA FAMILIAR – A atividade apicultora no estado também é de agricultura familiar e por existir em todo o território, conseguem gerar empregos.

“É uma atividade praticamente familiar. Todos da família tem acesso a mão de obra e terceiros também. Nós pagamos diárias para outras pessoas, tanto na colheita como na extração”, disse Dércio sobre a produção em Mucajaí, Truaru e PA Nova Amazônia.

ARMAZENAMENTO – O vice-presidente da ASA também informou que o mel deve ser armazenado em recipientes de plástico porque o mel tem minerais, como potássio, sódio e fósforo.

“O mel quando tem contato com qualquer outro material, ele oxida. Porque o mel é fonte de minerais, vitaminas e um pouco de proteínas. Aí essas vitaminas quando entra em contato com o ferro, ele começa a enferrujar.”, completou Dércio.