Economia

Endividamento familiar volta a crescer, diz Banco Central

A taxa de endividamento em relação à renda acumulada em 12 meses, no mês de maio, subiu para 44,04%

O endividamento das famílias voltou a crescer e, segundo dados do Banco Central, alcançou o maior nível em três anos. A taxa de endividamento em relação à renda acumulada em 12 meses, em maio, subiu para 44,04%. Foi a sétima alta mensal consecutiva e o maior nível desde abril de 2016, quando atingiu 44,2%.

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o percentual de famílias endividadas no país cresceu de 64% em junho para 64,1% em julho deste ano. Em julho de 2018, a taxa era de 59,6%.

A proporção das famílias que se declararam muito endividadas, consequentemente, também aumentou entre o mês passado e o anterior, de 13% para 13,3%. A parcela que declarou estar mais ou menos endividada passou de 22,6% para 23,8%, e a pouco endividada, de 23,8% para 27%.

De acordo com o estudo da CNC, quem mais sofre com o endividamento são as famílias com  renda. São 27,1% com contas ou dívidas em atraso. Já no grupo dos que ganham mais de 10 salários mínimos, a inadimplência cai para 10,6%.

O cartão de crédito foi apontado como vilão dos que têm débitos vencidos. É a principal dívida de 78,4% das famílias endividadas. Nas que têm renda mensal de até 10 salários mínimos, o carnê fica em segundo, representando 17,2%.

Em famílias que ganham mais de 10 mínimos, o financiamento de casa ou outras dívidas ocupam o lugar no ranking com 18,1%. A pesquisa também constatou que houve piora na percepção das famílias em relação às suas dívidas. O número que relatou estar muito endividada aumentou, e as famílias se declaram menos otimistas em relação à possibilidade de pagamento.

* Informações: Correio Brasiliense