Preço da carne bovina dispara e previsão é de novos aumentos

O aumento do preço da carne tem assustado os roraimenses e o valor disparou nos últimos meses no Estado, inclusive subindo em quase 6% na semana passada. A informação é do presidente da Cooperativa Agropecuária do Estado de Roraima (Coopercarne), Nadison Pinheiro, e essa  alta foi sentida pelos consumidores nos supermercados da capital.

Segundo o presidente da Coopercarne, a oferta de animais prontos para o abate no geral é restrita, fazendo com o que o preço dispare no mercado. A justificativa se deve também à exportação para mercados internacionais, pois acaba pressionando reajustes internos.

“A baixa oferta de animais e o aumento exorbitante dos insumos, como milho e soja, que são raçoes que fazem parte do acabamento dos animais para abate, vem afetando diretamente o preço da carne no país. Tudo isso vem acontecendo por conta das exportações. Estamos passando por um momento gravíssimo e a tendência é pior ainda mais”, assegurou.

A demanda é grande, mas há uma baixa oferta. Isso desencadeia as altas constantes no valor da carne. Segundo Pinheiro, o mercado do Amazonas também teve reajuste. “E para que não corramos o risco de um desabastecimento com a compra dos comerciantes do sul do Estado, tivemos que reajustar aqui também”, admitiu Pinheiro.

“Está praticamente impossível comprar carne em Roraima nesses últimos meses. Estou substituindo a proteína animal por vegetal e estou gostando muito. É desanimador chegar ao açougue e não ter dinheiro suficiente para comprar a carne de sua preferência”, afirmou a dona de casa, Misma Oliveira, 57.

IBGE aponta que aumento do preço da carne pressionou inflação

A demanda pelo consumo do produto geralmente aumenta essa época, devido às festas de fim de ano. A expectativa é ainda pior e o preço deve continuar subindo até dezembro. “Acredito que o aumento não para por ai e os preços devem continuar subindo. A situação esta desesperadora”, afirmou. De acordo com o IBGE, a carne aumentou mais de 4,5% em setembro e pressionou a inflação do país. Tendência deve continuar até o final de 2020.

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