Economia

Preço do arroz produzido em Roraima terá reajuste

O aumento no preço do fardo de arroz vendido para os supermercadistas irá impactar diretamente o consumidor final

Um ingrediente tradicional na mesa do brasileiro e que é bastante consumido em Roraima, terá reajuste nos próximos dias. O fardo com 30 quilos que atualmente tem o preço de R$98 passará a custar cerca de R$125.

O aumento no preço do fardo de arroz vendido para os supermercadistas irá impactar diretamente o consumidor final, que atualmente adquire o item pelo valor de aproximadamente R$3,50. Com esse reajuste o quilo do produto poderá custar até R$4,30 no comércio local.

PROCON – Para entender os motivos desse reajuste, o Procon Estadual se reuniu nessa quinta-feira, 3, com a presidente do Sindicato dos Beneficiadores de Grãos do Estado de Roraima, Isabel Itikawa.

“Foram apresentadas planilhas de custo que demonstraram o real motivo do futuro reajuste, que se dá por conta da alta do dólar, combustível e insumos utilizados para o plantio, além da política econômica interna voltada para exportação do produto”, disse o coordenador do Procon, Lindomar Coutinho.

Representantes do Sindicato dos Beneficiadores de Grãos do Estado de Roraima em reunião com o Procon Estadual (Foto: Divulgação)

O coordenador do Procon Estadual, Lindomar Coutinho, explicou que o reajuste no preço do arroz é em comum acordo com os sindicalizados. “São grandes produtores de arroz e o custo dessa produção é praticamente o mesmo entre eles”.

Segundo Coutinho, há produtores que compravam óleo diesel a R$3,19 e passaram a adquirir a R$3,35. “Conforme foi apresentado pelos produtores o arroz já era para ter sofrido reajuste no mês passado, mas eles seguraram esse aumento porque tinham produto em estoque”, ressaltou o coordenador.

ABRAS –  A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) emitiu nota oficial. Confira nota na íntegra:

O setor supermercadista tem sofrido forte pressão de aumento nos preços de forma generalizada repassados pelas indústrias e fornecedores. Itens como arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja com aumentos significativos.

Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), que representa as 27 associações estaduais afiliadas, vê essa conjuntura com muita preocupação, por se tratar de produtos da cesta básica da população Brasileira.

Conforme apuramos, isso se deve ao aumento das exportações destes produtos e sua matéria-prima e a diminuição das importações desses itens, motivadas pela mudança na taxa de câmbio que provocou a valorização do dólar frente ao real. Somando-se a isso a política fiscal de incentivo às exportações, e o crescimento da demanda interna impulsionado pelo auxílio emergencial do governo federal.

Reconhecemos o importante papel que o setor agrícola e suas exportações têm desempenhado na economia brasileira. Mas alertamos para o desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado interno para evitar transtornos no abastecimento da população, principalmente em momento de pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).

O setor supermercadista tem se esforçado para manter os preços normalizados e vem garantindo o abastecimento regular desde o início da pandemia nas 90 mil lojas de todo o país. A ABRAS tem dialogado com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento.

Apoiamos o sistema econômico baseado na livre iniciativa, e somos contra às práticas abusivas de preço, que impactam negativamente no controle de volume de compras, na inflação, e geram tensões negociais e de ordem pública.

Nesta quinta-feira (3), a ABRAS comunicou à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, sobre os reajustes de preços dos itens citados acima, com o intuito de buscar soluções junto a todos os participantes dessa cadeia de fornecedores dos produtos comercializados nos supermercados. E continuará buscando oferecer aos consumidores, opções de substituição dos produtos mais impactados por esses aumentos.

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