Economia

Renda per capita de trabalhadores em Boa Vista é de 3,6 salários

Segundo o IBGE, o município está em 113º lugar em relação a renda per capita de outros estados

A renda per capita média de Boa Vista cresceu 36,71% nas últimas duas décadas. De acordo com o IBGE, o salário médio mensal do boavistense é de 3.6 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total é de 25.6%.

Segundo o IBGE, o rendimento domiciliar per capita é o resultado da soma da renda recebida por cada morador, dividido pelo total de moradores do domicílio. O cálculo inclui pensionistas, domésticos e seus familiares. Os rendimentos domiciliares são obtidos pela soma dos rendimentos do trabalho e de outras fontes recebidos por cada morador no mês de referência da pesquisa.

Para o economista Fabio Martinez, o rendimento per capita reflete a realidade do estado que apresenta sua economia ligada a administração pública.

 “Nós temos uma peculiaridade interessante em Boa Vista, já que a administração pública representa quase 50% da economia da capital, e uma quantidade significativa de servidores públicos que garante uma certa estabilidade econômica já que durante a pandemia foram mantidos e acaba movimentando a economia local, e acabamos não sentindo tanto o impacto negativo como outros estados,  o que não quer dizer que não tenha” explica.

Comércio

O comércio internacional foi fortemente abalado pela pandemia do novo coronavírus em 2020. Com as economias pelo mundo desaquecidas e restrições de transporte entre países, crescem os obstáculos para que empresas de diferentes lugares comprem e vendam bens entre si.

Assim como as economias do mundo, o comércio na capital Boa Vista também apresentou dados negativos. De acordo a Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As vendas no comércio varejista da capital caíram 8,9% em abril em comparação com o mês anterior. A retração, tem forte ligação com as medidas de combate à pandemia do novo coronavírus.

Segundo Martinez, os últimos quatro meses definiram maiores restrições econômicas impostas pela quarentena. A maior parte das lojas, principalmente em Boa Vista, se manteve fechada por todo o mês, funcionando apenas os estabelecimentos considerados essenciais.

“A partir do dia 20 de julho, o comércio se prepara para reabrir ainda com restrições. Uma coisa interessante em se analisar que em relação a queda das vendas, é que parte delas se deve a falta de material. Observando com outros empresários, é que o estoque está reduzido e por isso as vendas são menores, o que acaba dificultando a saída dessas mercadorias.A pandemia chegou pra todo mundo, ela acaba prejudicando direta e indiretamente a economia local, independente da nossa economia não ser baseada diretamente no comércio, turismo e agronegócio” disse.