Cotidiano

Índios fecham acesso a comunidades para evitar contaminação

Não há casos de coronavírus confirmados nas comunidades indígenas.  Por isso, as lideranças esperam que todos respeitem essas medidas.

Com 2.433 casos e 57 mortes registradas no Brasil segundo a última declaração do Ministério da saúde, além de oito casos confirmados em Roraima de Covid-19,  lideranças indígenas fecharam e estão controlando a entrada de pessoas nos seus territórios. Não há casos de coronavírus confirmados nas comunidades indígenas.  Por isso, as lideranças esperam que todos respeitem essas medidas.

A preocupação das comunidades é com a proliferação da doença e em seguir as recomendações do Ministério da Saúde (MS) e da Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (SESAU).

O tuxaua Ronaldo Francisco Wapichana faz parte do grupo de vigilância da comunidade Jabuti, região Serra da Lua, e explica como funciona a fiscalização.

“A gente vem tendo o trabalho de fiscalizar a nossa comunidade temos que nos  preocupar com o coronavírus, que veio assustando a gente e assim controlamos a entrada de pessoas que vem de Boa Vista e também do município de Bonfim’, afirmou.

A comunidade Moskow também fechou a entrada para visitantes. “ Esse vírus está cada vez piorando no nosso estado e município de Bonfim, região serra da lua, estaremos fechando as entradas da nossa comunidade Moskow. Será permitido a saída apenas de emergências, contamos com apoio de todos”, destacou o tuxaua Carlos Wapichana.

O tuxaua do truarú da cabeceira, região Murupú, Laudenir Laurentino da etnia Macuxi, destacou que a decisão de fechar todas as entradas da comunidade  é importante, pois são medidas urgentes e necessárias para prevenir os moradores de contrair o vírus que está se alastrando no Estado.

Para manter o monitoramento das comunidades, os povos indígenas contam com o apoio do Grupo de Proteção e Vigilância dos Territórios Indígenas (GPVITI) que estão monitorando seis comunidades: Manoá Pium, região Serra da Lua, município de Bonfim: Cachoeira do Sapo, Pium, São João, Cumarú, Manoá, e Novo Paraíso da Terra indígena Manoá Pium, além das comunidades Moskow e Jabuti. A comunidade Truaru da Cabeceira e terra indígena Serra da moça- região Murupu, município de Boa Vista e também Comunidades Barata, Pium e Raimundão 1 – Município de Alto Alegre.

Em Roraima, segundo os dados parciais da Secretaria Especial da Saúde Indígena (SESAI) são mais de 342 comunidades com uma população de 70.596 mil indígenas dos povos Macuxi, Wapichana, Ingarikó, Patamona, Taurepang, Wai Wai, Yekuana, Yanomami, Sapará, Pirititi e Wamiri Atroari.

(Fonte: Ariene Lima/ Ascom CIR)