Cotidiano

Alunos e moradores irão protestar após estupro de estudante

A garota é aluna do Colégio Militarizado Cícero Viera Neto, localizado no bairro Suapi, em Pacaraima

O estupro de uma aluna indígena venezuelana, de 15 anos, do Colégio Militarizado Cícero Viera Neto, localizado no bairro Suapi, em Pacaraima, deixou a comunidade escolar e a população do município revoltada. O caso ocorreu na manhã desta sexta-feira, quando a estudante se dirigia à unidade de ensino.

Serão realizados dois protestos. O primeiro acontece às 17h de hoje e o outro será neste sábado, a partir das 8h, tendo como ponto de concentração na Quadra Espaço Cultural e Esportivo Thelma de Vasconcelos Tupinambá, ao lado da Prefeitura de Pacaraima, e depois os participantes sairão às ruas da cidade.

Foi registrado Boletim de Ocorrência (BO) e a garota foi encaminhada para atendimento médico em Boa Vista. Uma mãe de aluno, que pediu para não ser identificada, relatou que Pacaraima está um caos generalizado.

“Eu estou horrorizada com o que aconteceu com a garota, que foi atacada por um imigrante venezuelano. Graças a Deus a Polícia Militar agiu rápido e prendeu ele, mas acredito que logo estará solto. Deveria ficar preso por muito tempo ou então se mandado de volta pro país dele. Onde estão as autoridades dessa cidade, desse estado”, ressaltou. 

“Eu, assim como outras mães que têm filhos e filhas, que precisam ir pra escola, estamos bastante preocupadas. Nossos filhos estão com medo de ir pro colégio, e com razão. O que ocorreu hoje só mostra o quanto essa cidade está sem segurança. Outros alunos já tiveram relógios, celulares roubados. Não aguentamos mais”, desabafou outra mãe.

REPÚDIO – A Prefeitura de Pacaraima, a Câmara Municipal de Vereadores e a direção do Colégio Estadual Militarizado Cícero Vieira Neto emitiram nota manifestando repúdio aos atos de violência sexual, física e moral praticados contra a adolescente.

“Esse tipo de crime bárbaro, além de chocar toda a sociedade pacaraimense, evidencia a necessidade de punições rígidas contra a violência de gênero, que possui números alarmantes no Brasil. A conduta do agressor merece rechaço e apuração rigorosa das autoridades policiais, a fim de coibir esse tipo de prática criminosa, que traz danos irreversíveis à integridade das vítimas”, diz uma das notas, que agradece ao tenente PM Geovani e o capitão PM Jessé pela presteza em apoio a aluna e seus familiares e, ao capitão PM Igor Mayko que conduziu o atendimento da ocorrência, que prendeu o suspeito.