Cotidiano

Onze municípios apresentam alto risco para doenças ligadas ao Aedes Aegypt

Iracema e Cantá ocupam as primeiras colocações

Assim como vem ocorrendo nos demais estados do País, Roraima também está em alerta para um possível aumento de casos de Dengue, Chikungunya e Zika. Dos 15 municípios do Estado, 11 apresentaram alto risco para o Aedes Aegypti, conforme aponta o 2º Levantamento Rápido de Índice para o Aedes aegypti (LIRAa).

Conforme os dados, Iracema é o município com maior percentual de infestação para o mosquito, com 12,6%; seguido do Cantá, com 9,1%; Alto Alegre, com 8,1%; Pacaraima, com 7,7%; Mucajaí, com 7,3%; Caroebe, com 6,9%; Boa Vista, com 5,0%; São Luiz, com 4,9%; São João da Baliza, com 4,8%; e Normandia, com 4,7%.

O LIRAa apontou ainda médio risco de Aedes para os municípios de Caracaraí, com 3,9%; Amajari, com 3,5%; Rorainópolis, com 3,1%; Bonfim, com 1,7%; e Uiramutã, com 1,0%. 

“Esses municípios precisam intensificar as atividades de visitas domiciliares e orientação à população para eliminação de qualquer depósito que possa servir de criadouros para proliferação do mosquito”, destacou Rosângela Santos, gerente do Núcleo Estadual de Controle da Febre Amarela e Dengue.

Além da preocupação com aumento no número de casos, o Estado também está atento a possíveis casos que possam agravar e ir a óbito. Atualmente, uma morte suspeita por dengue em Boa Vista está sob investigação, mas medidas de bloqueio e controle da doença já foram iniciadas.

“O município de Boa Vista tem várias ações que estão em curso, como o bloqueio e a visita domiciliar intensificadas na região onde ocorreu o caso. Além disso, nessa área onde houve o óbito suspeito, o Estado vem complementando essas atividades com um bloqueio químico utilizando os carros fumacê. Esses veículos estão atendendo aos bairros que são considerados de alta infestação e risco para surto/epidemia neste momento”, frisou.

Rosângela ressalta ainda a importância da população na eliminação dos criadouros do mosquito.

“Estamos pedindo à população que se considere parte fundamental na luta no combate ao Aedes, que todos os dias busquem limpar os seus quintais organizando o lixo adequadamente para coleta, evitando jogar lixo em terrenos baldios, e que recebam os agentes de endemias em suas residências”, completou.

Ela também lembra que, em caso de sintomas, é fundamental que as pessoas procurem o serviço de saúde para realização da notificação de caso.

“Todo aquele que sinta os sinais clássicos, como dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações e manchas avermelhadas pelo corpo que busquem os serviços de saúde, para que tenha um atendimento adequado para o tratamento oportuno, para que assim a gente evite os casos graves e óbitos”, concluiu.