Cotidiano

Família aguarda há mais de um ano por laudo de homem que morreu afogado

Caso ocorreu no dia 30 de agosto do ano passado em Caracaraí

Familiares de Carlos Barreto enviaram uma carta aberta à redação da Folha BV denunciando a demora na entrega do relatório do inquérito da perícia, que aponta a causa do acidente que tirou sua vida.

Barreto morreu no dia 20 de agosto do ano passado após um rebocador de balsa naufragar, no município de Caracaraí.

Desde então, a família não teve retorno por parte da Marinha. Segundo o documento, os familiares dependem de um laudo para dar entrada para resolver questões na Justiça e direitos.

“A Marinha é obrigada a fazer o laudo sobre o acidente. Falamos com um advogado que disse que a Marinha está prevaricando, o que é crime. É obrigação deles abrirem um inquérito para apurar as causas do acidente, principalmente se alguém vier a óbito”, diz um trecho da carta.

Ainda de acordo com a carta, na manhã do dia seguinte ao óbito, os familiares entraram em contato com a Marinha para realizar uma denúncia de que estavam retirando areia no mesmo lugar da morte de Barreto e a Instituição só foi realizar a inspeção naval no período da tarde.

Além da demora na entrega do documento, os familiares destacam ser menosprezados e maltratados por um agente fluvial de Caracaraí.

“No dia do acidente, alguns familiares chegaram a falar com o agente fluvial, que fez pouco caso e não atendeu a família”, diz a carta.

ACIDENTE- De acordo com a carta, a fatalidade ocorreu enquanto a balsa tirava areia do rio Branco, perto das corredeiras do Bem-Querer.

OUTRO LADO- Por meio de nota, a Marinha informou que o inquérito sobre a ocorrência encontra-se em andamento.

Sobre a balsa, a embarcação foi notificada e apreendida por estar em desacordo com o Regulamento da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (RLESTA).