Cotidiano

Força Nacional pode atuar de forma ostensiva em Pacaraima

ANA GABRIELA GOMES

Editoria de Cidade

A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) vai solicitar uma mudança no perfil de atuação da Força Nacional na fronteira de Roraima. O intuito é dar aos agentes capacidade de ação ostensiva no policiamento em Pacaraima. A solicitação, determinada pelo governador Antonio Denarium, vem uma semana após a visita do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, e do ministro de Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ao Estado.

O pedido elaborado pelo titular da Sesp, Olivan Junior, nesta segunda-feira, 17, foi encaminhado durante o dia à Casa Civil para assinatura do governador e, em seguida, deve ser encaminhado oficialmente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília. Após isso, cabe ao ministro Sérgio Moro alterar a portaria de atuação da Força Nacional em Roraima e, principalmente, em Pacaraima.

Para o secretário, que acompanhou o vice-presidente e o ministro durante a visita na fronteira, a mudança trará maior segurança à população. “Eles vão passar a atuar com um perfil mais operativo e ostensivo que antes, quando também tinham atribuições administrativas. É um reforço e um ganho para nós, da segurança pública”, explicou. Atualmente, o reforço na fronteira, pedido por moradores, é feito pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.

O titular considerou a visita dos políticos significativa, uma vez que os problemas que envolvem a imigração são de conhecimento nacional e tendo em vista a influência e força de ambos junto ao presidente, Jair Bolsonaro. “Eles sabiam, mas não tinham sentido o calor das emoções que permeiam na região. Ao meu ver, ficaram sensibilizados com o que viram”, avaliou.

A visita de Moro e Mourão à Roraima foi movida pela crise migratória e o clima de conflito na fronteira com a Venezuela. O vice chegou a visitar alguns abrigos da capital para verificar as condições em que vivem os venezuelanos. No dia em que chegou, no entanto, nenhum imigrante foi visto pela Folha nos locais onde costumam pedir ajuda, como semáforos e ao redor da Rodoviária.