Cotidiano

Projeto faz inclusão social de jovens e idosos no Bonfim

Vinte alunos integram o projeto de extensão do Campus Avançado Bonfim. O mais novo tem 15 anos, e o mais velho 80

Desenvolvido por meio do Programa de Bolsa Acadêmica de Extensão (Pbaex) de 2019, o projeto “Aventuras do Saber” visa promover a inclusão de jovens e adultos que moram no Município do Bonfim e que estão em situação de analfabetismo.

Não se trata de ensinar a ler e escrever, mas de apresentar conjuntos de sons de palavras, ampliação do vocabulário, conhecimento de classes gramaticais, entre outros, que facilitem o entendimento e a compreensão da língua portuguesa, por meio de atividades lúdicas e práticas acima de tudo condizentes com o convívio social de cada um.

 Com encontros semanais nas manhãs das quintas-feiras, o projeto, que tem duração de seis meses e que deve encerrar suas atividades na primeira quinzena de novembro, ofertou 15 vagas, porém, devido à grande demanda, conta atualmente com 20 alunos. O mais novo tem 15 anos, e o mais velho 80.

A média de idade da turma é de 60,5 anos, e as características predominantes disciplina, assiduidade, comprometimento, união e dedicação.

Eleisa Thomenson, de 51 anos é ex-professora em Georgetown, e há dez anos reside no Município do Bonfim e ainda tem dificuldade de entender o português.

Ao ser indagada sobre a participação no Aventuras do Saber, a resposta dada pela guianense foi, “Estou muito, muito feliz”.

A ideia do projeto, coordenado pela professora Eliselda Corrêa, surgiu da percepção de que muitas pessoas na comunidade apenas escreviam o nome e tinham vontade de entender a língua portuguesa.

“Baseados nessa observação, nos propusemos a fazer a inclusão dessas pessoas por meio da oferta do conhecimento básico da língua portuguesa. Nosso objetivo não é alfabetizar, mas oferecer-lhes oportunidade por meio do letramento a fim de que entendam melhor nossa língua materna para poder, com eficácia e significado, fomentar a inclusão delas nos diálogos, nos entendimentos de informações dentro do próprio município. É um projeto que foi recebido muito bem pelo público-alvo”, disse a coordenadora.