Caer acumulou prejuízo de R$ 136 mi ano passado

O balan?o de 2014 da Companhia de ?guas e Esgotos de Roraima (Caer) apontou um preju?zo acumulado de R$ 136 milh?es. O desafio agora, segundo o presidente da empresa, Danque Esbell, ? realizar a??es que possibilitem um equil?brio financeiro das contas da Companhia. ?Esse ? resultado de anos de neglig?ncia, que gerou o sucateamento e endividamento da Caer. Encontramos uma situa??o muito cr?tica, que nunca foi vista, especialmente com um preju?zo t?o grande?, enfatiza Esbell.
De imediato, o presidente explicou que a previs?o para este ano ? aumentar o faturamento entre 40% e 50%. ?Meta ousada, dif?cil de atingir, mas ? poss?vel com as a??es que estamos fazendo. Ent?o, com esses resultados, ser? poss?vel mensurar o tempo para reverter todo o estrago deixado?, destacou.
Para que essa meta seja alcan?ada, j? foi elaborado um plano de a??o em busca de viabilizar o equil?brio econ?mico-financeiro das contas da companhia, segundo o presidente.
?Os resultados j? come?aram a aparecer: em d?vidas imediatas com fornecedores j? houve uma redu??o de 25% e em torno de 20% de redu??o no consumo de combust?vel – sem prejudicar os servi?os. Tamb?m estamos fazendo um levantamento e renegocia??o das d?vidas fiscais e com fornecedores?, explica o presidente.
Al?m disso, foram adquiridos 40 mil hidr?metros para novas liga??es e para a substitui??o daqueles que est?o danificados, com intuito de combater a inefici?ncia comercial, incentivando a redu??o do desperd?cio de ?gua, que hoje chega a quase 60% em Roraima, segundo dados do Sistema Nacional de Informa??es sobre Saneamento (SNIS).
Danque Esbell ressalta ainda que a empresa est? desenvolvendo um planejamento de ?de ca?a-fraudes? como um projeto de setoriza??o, que visa o combate ?s fraudes na utiliza??o de ?gua, colocando registros em locais estrat?gicos ?para evitar vazamentos quando ? realizado qualquer tipo de trabalho?. ?Tamb?m iremos incorporar as liga??es de esgoto, j? que em muitos lugares n?o est? sendo cobrada?, informou.
Como vice-presidente da Associa??o das Empresas de Saneamento B?sico Estaduais (Aesbe), o presidente da Caer ressalta que tentar? entendimento com o Governo Federal para buscar uma desonera??o fiscal das empresas de saneamento, j? que ?a tributa??o alta ? um dos grandes problemas da Caer?.
Outra vertente trabalhada pela Companhia em busca de um equil?brio das contas ? a melhoria da efici?ncia energ?tica, dentre outras a??es, com a implanta??o de bancos capacitores inteligentes e a utiliza??o racional da energia.
?No primeiro m?s de gest?o j? houve redu??o de R$ 80 mil apenas com o monitoramento e acompanhamento das contas de energia, mesmo ainda sem colocar os bancos capacitores inteligentes, e estamos conversando com a Eletrobr?s em busca dessa utiliza??o racional?, informou, ressaltando que est?o sendo adquirindo equipamentos mais modernos que possibilitar?o essa redu??o.
INTERIOR O presidente tamb?m ressalta que as equipes da Caer tem viajado por todos os munic?pios para identificar a situa??o cr?tica de cada um. ?Est? tudo abandonado, foi muito negligenciado?, apontou.
Al?m disso, h? necessidade de realizar a??es de cadastro em todos os munic?pios do estado. ?H? lugares com apenas 30% dos usu?rios cadastrados, 70% consomem a ?gua sem pagar porque n?o possuem esse cadastro?, destaca.
Esbell pontua que bairros foram criados sem a exist?ncia de rede, seja por falta de material ou de recurso, mas n?o foi feita a rede. ?Ent?o agora faremos n?o s? o cadastro de pessoas, mas de rede. Tamb?m compraremos material para fazer extens?o de rede, o que deve passar por processo licitat?rio. Mas, a m?dio prazo, devemos conseguir reverter tamb?m essa situa??o. Estamos realizando uma for?a-tarefa para apresentar, no pr?ximo ano, um balan?o muito mais favor?vel, pois certamente vamos reverter a situa??o cr?tica?, garantiu.
FUNCIONÁRIOS O presidente comemora a regulariza??o do sal?rio dos servidores. ?Em janeiro, foram pagos os sal?rios de dezembro e janeiro, e hoje esta quest?o j? est? regularizada. Assim como o pagamento de encargos sociais que n?o estavam sendo pagos. J? percebemos uma mudan?a motivacional nos funcion?rios, o que se deve tamb?m ? regulariza??o no pagamento dos sal?rios?, enfatizou .
Fonte: Secom