Câncer de próstata já tirou a vida de 16 pessoas este ano em Roraima

O  Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) informou que, este ano, o câncer de próstata foi o responsável pela morte de 16 pessoas no Estado. Conforme o Laboratório de Anatomia Patológica de Roraima (Laper), o número de casos da doença tem diminuído, mas especialistas alertam sobre a importância da realização de um diagnóstico precoce para evitar o desenvolvimento do tumor.

Dados do Sinan mostram que, em 2015, o câncer de próstata foi o responsável pela morte de 18 pessoas no Estado, duas a mais do que neste ano, até o momento. Já os diagnósticos feitos no Laper, mostram que foram registrados 36 casos no ano de 2014, o total de 21 em 2015 e, este ano, foram 20 casos até agora.

O urologista Mário Maciel disse que é importante que os homens tenham sensibilidade e busquem um especialista para realizar o exame de próstata. “Cerca de 16% dos homens do mundo podem contrair essa doença ao longo da vida. De uma maneira global, 18% dos homens vai ter câncer, 3% deles vão morrer por conta da doença e os outros 15% vão sobreviver”, disse.

Segundo ele, o check-up em relação ao câncer de próstata deve começar a partir dos 45 anos de idade para aqueles que já tiveram histórico da doença na família, ou seja, afrodescendentes. E para os indivíduos brancos ou que não tiveram casos da doença na família, o exame deve ser feito a partir dos 50 anos. “Abaixo dessa idade a prevalência do câncer é muito baixa, então não vale a pena tentar rastreá-lo”, comentou.

O câncer de próstata possui o tumor que tem o crescimento mais lento no corpo humano. “Para que ele chegue a um tamanho parecido com o de uma ervilha, ele demora mais ou menos 15 anos, isso é uma vantagem e facilita a detecção precoce”.

O diagnóstico pode ser feito de três maneiras: através de um questionário, exame de sangue e o exame físico, que é chamado de toque retal. “O toque é um exame muito simples que dura em torno de 5 segundos, acima de tudo, é indolor. É importante fazer os exames no momento certo para detectar a doença de forma precoce”, lembrou Maciel.

De acordo com o médico urologista, hoje em dia a informação proporcionada pela ciência trouxe melhoras. “Os homens têm se sensibilizado cada vez mais. É algo que melhora e aumenta a expectativa de vida dessas pessoas. A ciência avançou e a divulgação das informações mostra que não há nada a temer, basta realizar os exames”, destacou. (B.B)