Candidatos intensificam estratégias na reta final da campanha eleitoral

A 15 dias da eleição, os cinco concorrentes ao Governo de RR se prepararam para intensificar a campanha, na tentativa de ampliar eleitorado e tirar votos dos adversários

A reta final da disputa governamental deve privilegiar os ataques aos adversários e a mobilização da militância, segundo estrategistas dos candidatos que concorrem para o Governo de Roraima nessas eleições.

Duas ações já vêm sendo praticadas em comícios e atos de campanha nesta semana e, segundo eles, podem se intensificar nos últimos 15 dias. A intenção é programar ações mais contundentes para ampliar o eleitorado e tentar tirar votos dos adversários nessa reta final.

Os candidatos que tentam vencer a eleição em sua maioria devem adotar estratégias parecidas: apresentar projetos para Roraima e intensificar as caminhadas e comícios pelo estado com seus principais puxadores de voto, além de intensificar os ataques à administração atual, mostrando com mais ênfase os problemas nas áreas de saúde, transporte e segurança. Suely Campos que tenta a reeleição, por outro lado, continua a divulgar todas as conquistas do seu governo e apresenta as falhas de seus concorrentes.

A Folha ouviu os candidatos e os principais assessores ligados diretamente ao comando das campanhas de Antonio Denarium (PSL); Fábio Almeida (PSOL); José de Anchieta (PSDB); Suely Campos (PP) e Telmário Mota (PTB). Confira quais deverão ser as estratégias de campanha de cada um dos cinco principais candidatos ao governo de Roraima:

Antonio Denarium (PSL)

Foto: Divulgação

O candidato vai intensificar a campanha nesta reta final, aumentando a quantidade de arrastões, comícios e visitas na base do casa em casa para mostrar as propostas e se tornar conhecido.

Outro ponto a ser intensificado por Denarium será o convencimento do eleitor na campanha eleitoral de rádio e TV com apresentação de propostas para driblar a crise financeira do estado. Para os articuladores, essa estratégia de campanha tem dado resultado positivo, visto que o candidato tem subido nas pesquisas eleitorais.

“Nossa campanha é baseada em propostas e não trabalhamos com críticas a opositores, pois a população já tem a análise dos políticos que estão há 30 anos no nosso Estado e não fizeram nada. Queremos levar oportunidade para as pessoas terem alguém que possa governar nosso estado de forma séria e temos expectativa de vencer no primeiro turno, pois a vontade popular de mudar esses governantes que estão aí é muito grande. Vamos apostar principalmente nos jovens que estão em busca de um emprego e um futuro melhor e estão sem perspectivas”, explicou o coordenador da campanha, Disney Mesquita.

Fábio Almeida (PSOL)

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O candidato Fábio Almeida afirmou que pretende intensificar o contato com a base de apoiadores nessa reta final e fazer o corpo a corpo pedindo votos. Para o candidato, sua campanha tem tido resultado positivo, pois tem recebido muito apoio dos eleitores. Ele afirmou não pretender atacar nenhum adversário, pois acredita ser preciso discutir os graves problemas que Roraima enfrenta com propostas concretas para a população. O candidato tem expectativa de chegar ao segundo turno e disse não acreditar em pesquisas eleitorais, pois vê algo diferente nos locais por onde anda.

“No segundo turno terei um tempo maior e vou apresentar e detalhar as minhas propostas para o Estado de Roraima de forma clara para população. Caso eu não vá ao segundo turno, eu não pretendo apoiar nenhuma candidatura das que estão apresentadas tendo em vista os posicionamentos dessas candidaturas todas elas contra a classe trabalhadora”, frisou.

José de Anchieta (PSDB)

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O candidato Anchieta, que lidera as pesquisas eleitorais e deve ir para o segundo turno, afirmou que vai continuar com a estratégia adotada desde o início da campanha, “sem ofensas, mas crítico à atuação dos adversários”. Também explicou que nesta reta final não deve intensificar nenhum das ações, mas apenas manter sua campanha com mobilização nas ruas e divulgação de propostas em todos os canais disponíveis, como redes sociais, programa eleitoral e reuniões com a população.

Suely Campos (PP)

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Oficialmente, a candidata à reeleição diz não haver motivos para alterar o rumo da campanha, mas internamente a cúpula trabalha com mudanças para esta reta final. Devem ser ainda mais intensificadas a divulgação das ações no horário eleitoral de rádio e TV e nas caminhadas pela cidade. A campanha também deve insistir sobre a experiência de Suely na administração, contrapondo a imagem da governadora a dos adversários.

“Vamos continuar mostrando nosso trabalho, que fez com que Roraima se tornasse o segundo estado que mais cresce no Brasil, apesar da crise. Incentivamos a agropecuária, batemos recordes de produção, a mortalidade infantil diminuiu e a expectativa aumentou. Nossa educação também avançou. Conseguimos tudo isso apesar dos desastres administrativos e da dívida do governo anterior. Somos hoje um dos únicos três estados do país que conseguiram reduzir suas dívidas. Por isso, estamos preparados para fazer muito mais e temos propostas concretas para isso, utilizando as redes sociais e a militância nas ruas para chegar à casa de todas as pessoas. Além disso, sigo visitando cada canto desse estado, conversando com os eleitores e realizando reuniões diariamente”, informou a assessoria.

Telmário Mota (PTB)

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Telmário Mota disse que a campanha eleitoral de seus adversários demonstra bem quem é quem. Para ele, os dois candidatos que já tiveram no poder foram responsáveis pelo endividamento do estado e pela grande crise que o Estado passa.

“A proposta dos dois são as mesmas. Querem o poder, mas não têm o remédio para tirar Roraima dessa crise. O outro candidato quer só usar o poder para se locupletar. Precisamos tomar medidas urgentes, pois Roraima precisa de um governador que ame e respeite seu povo, que não roube que não deixe roubar e sirva à sociedade como um todo”, afirmou.

O candidato afirmou que pretende conscientizar as pessoas sobre as opções que tem, mostrar suas propostas e fazer um trabalho mais corpo a corpo pelo Estado.