Cotidiano

Contingenciamento de emendas afeta expansão de universidades

Apesar dos recursos da bancada roraimense serem complementos ao orçamento, as instituições afirmam que obras de infraestrutura e ampliação serão prejudicadas

A expansão das instituições de ensino superior de Roraima pode ser prejudicada com o contingenciamento dos recursos destinados pelas emendas da bancada federal para o Orçamento de 2018. Com o anúncio do Governo Federal, a Universidade Estadual de Roraima (UERR) e a Universidade Federal de Roraima (UFRR) deixam de receber R$ 6,3 milhões e R$ 4,8 milhões, respectivamente. 

O reitor da UERR, Regys Freitas, explicou que os recursos da bancada roraimense não estavam inseridos no orçamento anual e no planejamento a ser executado em 2018, justamente pela possibilidade do contingenciamento. Por conta disso, as obras que já estão em execução na instituição de ensino vão continuar normalmente, sem maiores impedimentos.

Apesar disso, a expectativa do que poderia ser feito com a vinda do dinheiro não deixa de existir, afirma Regys. A frustração permanece considerando que os planos de ampliação de infraestrutura, criação de novos blocos de salas de aula e até de novos cursos da UERR foram afetados. “Desde o ano passado, a UERR se prepara com projetos para aumentar a sua infraestrutura. Não só a questão de reforma e manutenção, mas também a criação de uma nova infraestrutura para abrigar os novos cursos criados pela instituição e na melhor qualidade da oferta de ensino, pesquisa e extensão para a sociedade roraimense”, afirmou o reitor.

“A bancada federal, muito sensível a esse pleito, colaborou com a sua emenda de bancada e aportou emendas para a UERR. A gente já estava com uma expectativa esse ano de começar esses projetos de construção de novos blocos de sala de aula, ampliação de laboratórios e a gente sabe que com o contingenciamento desses recursos, até mesmo a sua não vinda, vai prejudicar consideravelmente a execução desses projetos e na melhor oferta para o nosso Estado”, completou.

O reitor informou que a gestão vai buscar junto aos parlamentares para tentar reverter a situação, até mesmo junto ao Governo Federal para demonstrar a necessidade dos recursos no Estado. “A UERR não atende só a Capital, mas também no interior. Ela tem uma missão institucional diferenciada e esses recursos são de extrema importância e urgência para o alcance desses objetivos institucionais”, avaliou o reitor.

UFRR – Em nota, a Universidade Federal também informou que os recursos oriundos de emendas da bancada federal são vistos dentro do planejamento anual da instituição como uma verba de caráter suplementar. “Em razão de fatores alheios à vontade da gestão da universidade, eles podem acabar não chegando aos cofres da instituição dentro do ano corrente”, frisou.

Por conta disso, os recursos também costumam ser aplicados prioritariamente na infraestrutura, similar ao que acontece na UERR. “Em linhas gerais, a decisão do Governo Federal em contingenciar as emendas da bancada federal, propostas para 2018, não causa nenhum prejuízo imediato às ações da UFRR, pois, por se tratar de um recurso extra, não afeta diretamente o que já havia sido planejado pela gestão, mas impede que novas ações que poderiam ser implementadas por meio desses recursos tenham início”, disse a instituição.

A Universidade Federal de Roraima informou ainda que, pretende negociar com o Ministério da Educação e o Ministério do Planejamento para o envio de recursos capazes de suprir ou pelo menos diminuir o impacto sobre as ações que poderiam ser iniciadas por meio das emendas da bancada federal. (P.C)