Polícia

Corpo encontrado no lixão é de adolescente desaparecido

Hiago Leandro Franco de Pinho, de 14 anos, não falava e já estava desaparecido há quatro dias

O corpo encontrado na manhã do domingo, dia 15, no aterro sanitário de Boa Vista, zona Rural, foi identificado como sendo do adolescente Hiago Leandro Franco de Pinho, de 14 anos. O corpo foi encontrado dentro de uma vala que estava totalmente inundada. A vítima estava desaparecida há quatro dias e a família já tinha feito publicação de seu desaparecimento nas redes sociais, pedindo auxílio para encontrá-lo.

Um casal, que trabalha no lixão, contou que assim que abriu o portão a mulher avistou algo boiando, semelhante a um boneco ou manequim, momento em que apontou o suposto objeto para o companheiro e ao se aproximarem, confirmaram que se tratava de um corpo, momento em que chamaram a Polícia Militar (PM).

Um dia antes, as testemunhas relataram que foi realizada uma limpeza por toda a área próxima à vala, mas nenhum corpo foi achado no local. Pouco tempo depois que o cadáver foi encontrado, um irmão da vítima, na companhia de um tio, reconheceu o corpo por uma cicatriz que o adolescente tinha no pescoço. O corpo estava vestido apenas com uma bermuda jeans azul.

A família relatou à Polícia que Hiago era autista, não conseguia falar porque durante o parto a mãe teve complicações e o menino ficou sem oxigênio no cérebro. Ele estava desaparecido desde a madrugada do dia 12, quando conseguiu sair de casa sem ser percebido. A família mora no bairro Pintolândia, zona Oeste da Capital.

No período das buscas, a família recebeu informação de que Hiago foi visto na BR-174, caminhando em direção ao lixão. Segundo os familiares, o garoto tinha paixão por caminhões e tinha prazer em apreciá-los transitando pela rodovia. Os parentes contaram que não foi a primeira vez que ele desapareceu, mas que todas as vezes era localizado pelas imediações da residência da família.

No laudo do Instituto de Medicina Legal (IML), consta que a causa da morte foi indeterminada, no entanto, mesmo com o corpo em avançado estado de decomposição ainda foi possível encontrar marcas que podem ser sinais de violência.

O corpo foi liberado ainda na noite do domingo, após o exame cadavérico e a confirmação da identidade de Hiago que se deu por meio do exame da arcada dentária, uma vez que as impressões digitais estavam comprometidas, devido ao estado de decomposição do corpo. A família fez o procedimento legal e, em seguida, realizou o sepultamento. O caso foi encaminhado à Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) para dar início às investigações. (J.B)