Saúde e Bem-estar

Doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no mundo

Segundo cardiologista entrevistado na Rádio Folha FM, hipertensão, colesterol alto, sedentarismo e estresse são fatores de risco para doenças do coração

LEO DAUBERMANN

Editoria de Política

A morte precoce do ex-governador José de Anchieta Júnior, na última sexta-feira, 7, aos 53 anos, vítima de infarto, pegou a todos de surpresa e muitas pessoas ligaram o sinal de alerta, com relação às doenças do coração. Em entrevista ao programa Agenda da Semana desse domingo, 9, na Rádio Folha FM 100.3, o médico cardiologista Petrônio Araújo, alerta para os perigos de negligenciar a saúde.

“A maior causa de morte no mundo são as doenças cardiovasculares e dentro das doenças cardiovasculares estão os infartos, os que mais matam. É um tema importante para ser debatido, porque às vezes o infarto acomete a uma pessoa numa fase jovem ainda, produtiva e perde-se subitamente aquela pessoa. É preciso investir em prevenção”, disse o médico cardiologista.

De acordo com o médico cardiologista o principal vilão é a hipertensão arterial, que, quando não controlada, provoca lesões na aorta, ao sobrecarregar o coração. Nessas situações, o paciente pode desenvolver insuficiência cardíaca, quando o órgão aumenta de tamanho por conta da pressão nos vasos. Os acometidos pela doença têm sintomas como falta de ar e inchaço nas pernas.

“Mas a hipertensão é mudável, ou seja, se a gente controlar a pressão ela muda o risco. No entanto existem fatores de risco que não são mudáveis, como diabetes, por exemplo,” destaca. Ainda dentro dos fatores de risco, o médico cardiologista inclui o colesterol alto, o sedentarismo e o estresse.

Os sintomas, de acordo com o médico cardiologista, são falta de ar, cansaço após esforço físico, dores e queimações no peito, além de formigamento no braço esquerdo. “Mas existem casos silenciosos, então, a melhor coisa que o paciente tem que fazer é procurar um especialista e realizar exames regularmente, já que detectar a doença logo no início contribui para uma boa recuperação”, diz.

Ainda de acordo com o médico cardiologista, por meio de hábitos saudáveis, como evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, cigarros e sedentarismo, praticando atividades físicas e mudando os hábitos alimentares, buscando uma dieta balanceada com baixas concentrações de sódio e açúcares, evitando carboidratos em excesso, ajudam a evitar doenças cardiovasculares. “As pessoas comem muito errado e não praticam exercícios físicos, então a alimentação inadequada, a falta de atividade física, aumenta o risco de um infarto. Comer de maneira saudável e fazer uma caminhada diária de 30 minutos, por exemplo, fazem toda a diferença”, orienta.