A nova variante Ômicron e a bolsa de valores

Recentemente o assunto mais falado dentro do mercado financeiro é o surgimento da nova variante do vírus COVID-19 conhecida como Ômicron, de origem africana, essa nova versão do vírus já causou pânico por todo o mundo fazendo com que países da Europa cancelassem voos para a região.

A ameaça se tornou real justamente quando países começaram a tomar medidas semelhantes às da época do surgimento do primeiro coronavírus em 2020. Cancelamento de voos, fechamento de fronteiras etc.

O estresse foi ainda mais perceptível na sexta-feira quando as bolsas de valores pelo mundo inteiro compreenderam a magnitude da ameaça causando fortes quedas nas ações e consequentemente nos principais índices globais, incluindo o principal índice brasileiro o Ibovespa.

A semana chegou a ficar mais de 3% positiva até o final o final do dia na quinta-feira mostrando o otimismo que estava iniciando oriundo do início da disputa política e aparição de novos candidatos liderando pesquisas.

Somente na sexta-feira as ações do setor de turismo e aviação caíram mais de 14% representando o medo com uma nova onda de lockdown pelo mundo.

A nova variante apresentou uma agressividade superior aos já existentes, sendo mais transmissível com 32 mutações na proteína S (“Spike” ou espícula). Conforme mais informações vão surgindo o mercado reage positivamente ou negativamente.

Durante o final de semana, um brasileiro que voltou da África testou positivo para COVID-19. Ainda não está comprovado se já temos o primeiro caso em solo nacional da nova variante, mas o mercado de ações está preparado para um pronunciamento próximo da nova infecção.

Nossa bolsa de valores que já vem a meses em forte queda, tende a intensificar ainda mais a variação negativa do ano, que leva o nosso índice Bovespa para trabalhar abaixo novamente dos 100 mil pontos, patamar de novembro de 2020.

*Mateus Lima é analista de Mercado