Economia

O que fez as ações do GPA subirem mais de 11% e do ASSAI de caírem

O analista de Mercado, Mateus Lima, explica porque algumas ações subiram e outras caíram na semana passada

Sexta-feira passada algo mexeu com duas gigantes do setor de comércio e deixou investidores em choque. Ações do grupo Pão de Açúcar abriram com um gap de alta de 19% e as ações da rede Assai caindo mais de -6,5%, ou seja, se você tivesse investido R$1.000,00 nas ações PCAR3 na quinta feita ao seu fechamento, você teria ganhado nos primeiros minutos de negociação aproximadamente R$190,00 reais, enquanto por outro lado caso tivesse investido em ASAI3 teria perdido no mesmo espaço de tempo -R$65,00.

O que resultou nessas oscilações fora do comum na semana passada foi uma negociação encerrada entre as duas gigantes ligadas ao Hiper Extra, rede conhecida nacionalmente que fazia parte do grupo Pão de Açúcar e agora foi vendida por R$5,2 bilhões, dos quais R$4 bilhões foram pagos pelo Assai entre dezembro desse ano e janeiro de 2024.

A negociação é um passo adiante da nova estratégia do grupo pão de açúcar de sair do modelo de grandes unidades e partir para investir mais focado nas suas unidades menores como os “minutos”. Enquanto para a gigante do atacarejo, foi uma excelente oportunidade para alavancar seus negócios expandindo para novos pontos do tamanho hiper.

A princípio o mercado reagiu de uma maneira mais negativa para o Assai e mais positiva para o GPA, mas ao longo do dia os ânimos foram se acalmando e a queda de ASAI3 resultou em um fechamento diário de somente -1,79% enquanto a forte alta das ações da PCAR3 reduziu-se em um fechamento de “apenas” 11,85% na sexta-feira.

Com o valores a receber, o grupo pão de açúcar pretende abrir pelo menos 100 novas lojas pelo Brasil em três ano e mais 100 unidades no modelo minuto, diz Jorge Faiçal CEO da rede.

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