“Não preciso de palanque” diz Telmário sobre apoio do governo

O senador Telmário Mota, candidato a reeleição ao Senado Federal, em entrevista ao programa Agenda da Semana, comandado pelo radialista Getúlio Cruz, afirmou que não precisa de palanque para fazer sua campanha eleitoral.

“Eu vou aonde me convidarem, mas não preciso de palanque. Faço política diferenciada, sem palanque. Subo no meu carro e vou conversando com as pessoas, no bar, no bairro, na rua. Esse negócio de andar em grupo, evento, solenidade, não quero. Meu palanque é minha pampa. Não convidei o governador para a convenção pois essa ciumeira é coisa de quem não tem trabalho. Todo apoio é necessário, é bom, mas tenho trabalho para mostrar. Essa ciumeirinha é coisa de quem não tem trabalho. O governador não se manda então nem chamei para a convenção”

O senador explicou que seu partido, o Pros, está aliado ao PSC, de onde virão seus dois suplentes.

“O primeiro suplente é o Marcos Holanda, presidente nacional do PSC e o segundo, a escolha veio do meu coração, que é o pastor Frankemberg. Nossa nominata está completa, tanto para estadual como para federal, e nossa chapa é a melhor que tem hoje, pois tem equiparação e igualdade. Temos o deputado Renato que já tem mandato, mas que se nivela com os demais que vieram agregar nosso time em garra e força de vontade, temos uma juventude preparada para a política. Nossa expectativa é fazer três deputados estaduais”

Telmário explicou que ninguém no partido é obrigado a votar nele para senador ou apoiá-lo e que o Pros liberou seus filiados para a eleição majoritária.

“Diferente de outros candidatos, para mim voto é uma coisa pessoal, fruto da cidadania, tem que vir do coração e eu deixo muito aberto pois e quero que os membros do meu partido me apoiem, se entenderem que sou o melhor nome e senão estão liberados”. 

Relacionamento com o Governador

Sobre o relacionamento com o governador Antonio Denarium, o senador explicou que após perder a eleição em 2018, conversou com o governador e aceitou participar em parceria com ele da retirada dos gargalos de Roraima.

“Participei da luta contra todos os gargalos de Roraima, Aftosa, Mosca da carambola, e temos trazido recursos para o Estado. Coloquei R$ 107 milhões em Roraima no governo do Denarium para obras estruturantes. Fui parceiro do Denarium e ele disse várias vezes na imprensa que eu era o candidato natural do grupo, mas todo mundo sabe que não aceito a forma de fazer política de Mecias, que não é minha política. Tivemos um atrito e ele lançou o Hiran candidato, botaram o Denarium no PP e agora ele virou refém pois não tem pulso”

Inimigos políticos

Sobre seus embates políticos com grupos adversários, Telmário explicou que só tem um único adversário.

“Meu adversário precisa das saias da ex-prefeita para se eleger. Não trouxe recursos para o Estado e não tem o que mostrar. O Telmario só tem um adversário nessa eleição e é ele. Já tinha decidido que não ia pra reeleição, mas deixar voltar um cabra que ficou 24 anos e prejudicou esse estado, é humilhar o povo de Roraima e quem tem moral para enfrentar ele sou eu. Coloquei recurso em todos os municípios, fui eleito o melhor político federal de Roraima e se conseguimos esse feito sem experiência, imagina agora com a experiência que temos”

Pautas importantes

Entre as pautas importantes destacadas por Telmário na entrevista, estão a titulação de terras e o fim da Operação Acolhida.

“Vamos lutar pela questão fundiária com a bancada e com a  aprovação da Zee, vamos poder identificar áreas que podem produzir, Falta resolver a titulação de todas as terras e quero acabar com a Acolhida e resolver a questão do Minério, pois somos o único estado do Norte que não tem atividade mineral oficializada”

Relacionamento com a Venezuela

Sobre o relacionamento do Brasil e especificamente de Roraima com a Venezuela, Telmário explicou que as Forças Armadas o Itamarati já tem consciência da importância dessa reaproximação.

“Precisamos ter lá dentro da Venezuela o nosso espaço, o nosso pedacinho. 74% da exportação de Roraima foi para a Venezuela, é nosso parceiro econômico da maior importância e quando fecharam a fronteira não foi para a migração que nunca parou, mas prejudicou o comércio e a economia dos nossos garimpeiros que dão sustentação para nosso estado”.