Esporte

Regularizado, mercado de apostas no Brasil ainda lida com golpes

Apostar em esportes no país foi uma atividade regulamentada no final do ano passado, mas especialistas acreditam que apostadores precisam ter “responsabilidade”

O mercado de apostas no Brasil está crescendo e parece que não vai parar tão cedo: a lei 13.756/2018 foi sancionada e já está em fase de regulamentação, de desenvolvimento e de implementação.

Isso abre inúmeras possibilidades no país: se antes os sites de apostas no Brasil precisavam hospedar seus domínios no exterior, com a regulamentação desses jogos em território nacional isso ficará muito menos trabalhoso. E, é claro, lucrativo.

De acordo com dados fornecidos pela Fundação Getúlio Vargas, em investigação feita a pedido da Caixa Econômica, anualmente há um movimento de cerca de 4 bilhões de reais no país só com essas apostas.

As estimativas de estudos de mercado apontam que isso pode quase duplicar assim que tudo for regulamentado. Dos quase R$ 8 bilhões que as apostas movimentariam anualmente, 30% disso poderia ir parar nos cofres da União.

As possibilidades de jogo são e serão muitas. Será necessário muito diálogo entre apostadores,
todas as casas de apostas

e o próprio Governo Federal, porque os montantes envolvidos são altos, o que atrai um grande número de falsários e golpistas.

Claro que esse grande montante de dinheiro irá se dividir entre muitas partes, tanto de forma direta quanto de forma indireta. Haverá uma grande geração de empregos a partir do mercado de apostas.

“Os sites, por exemplo, muitos na clandestinidade atualmente, terão de profissionalizar cada vez mais para competir com seus concorrentes. As casas de apostas físicas ou terrestres, que terão de ser abertas de acordo com a nova lei, precisarão investir em pessoal qualificado para que tudo funcione perfeitamente”, explica Thiago Rocha, economista da UFABC.

Há quem prospecte, ainda, viver a vida apostando e fazer disso uma profissão. Nesse sentido é preciso haver muita responsabilidade e bom senso. Ainda que sejam regulamentadas, as apostas esportivas continuarão a ser atividades de alto risco financeiro.

Engana-se quem acha que realizar apostas é simplesmente escolher um valor “x” de dinheiro para apostá-lo em uma equipe esportiva ou em um determinado resultado de uma partida.

Em primeiro lugar, para ser um apostador de sucesso é preciso conhecer o esporte em que se planeja apostar. Se for futebol, não basta conhecer a escalação titular do time de coração, mas os desempenhos dos atletas e os resultados anteriores.

Conhecer os tipos de apostas também será imprescindível. Há a quota fixa, por exemplo, já sancionada e que em dois anos deve ser inteiramente regulamentada no Brasil. Nela será possível saber de início o quanto ganhará cada apostador caso o pitaco tenha sido o correto.

Há também as apostas simples, em que o apostador foca em empate, vitória ou derrota. Caso queira dois dos três resultados, terá de fazer uma aposta dupla.

Já os handicaps, famosos em todo o mundo, determina no futebol, por exemplo, não só o resultado da partida, mas a quantidade de gols também.

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