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Cerca de 6 mil imigrantes estão nos abrigos da Operação Acolhida

O novo coordenador da Operação Acolhida, general Antonio Manoel de Barros, falou sobre as metas da operação para este ano e sobre os números constados em 2019

O novo coordenador da Operação Acolhida, general Antonio Manoel de Barros, falou sobre as metas da operação para o ano de 2020 e também sobre os números da ação humanitária em 2019. O general foi o entrevistado do programa Quem é Quem desta sexta-feira (24)

General Barros informou que cerca de 520 imigrantes chegam ao Brasil por dia, entrando pelo município de Pacaraima, em Roraima.

“Sempre precisamos dividir. Deste número, geralmente, mais da metade não precisa da ajuda da operação. Já a outra metade que quer permanecer no Brasil, após o processo com a Polícia Federal e as agências da ONU, cerca de 10% são vulneráveis, pessoas sem condições alguma. A Operação Acolhida não atende todos os venezuelanos, sempre buscamos atender aos desassistidos. Acontece que alguns em sua imigração dizem que têm condições de se manter, mas ao chegar isso não acontece, dessa maneira ocorrem as ocupações espontâneas”, disse o general.  

Sobre os militares ajudarem nas unidades básicas de saúde, Barros decorreu sobre as dificuldades presentes nesta ação. 

“Isso é muito ligado ao Ministério da Saúde. Estamos falando de um estado de regime republicano, com três esferas de governo executivo. Existem normas de repasse de recursos. Colocar o Exército nisso pode se achar que é a solução, mas para temos uma solução consistente dentro do princípio republicano, esses entes precisam trabalhar duro, e estão trabalhando”, afirmou general Barros.

O novo coordenador ainda falou da vontade que a nova gestão tem em ampliar o número de venezuelanos interiorizados. “O Ministério da Cidadania é responsável pela liderança do subcomitê de interiorização, junto com outros ministérios. O objetivo é aperfeiçoar e a meta é três mil imigrantes ao mês. É uma meta ousada, mas achamos que pode acontecer”, completou.

A avaliação do general Barros é que são em torno de seis mil venezuelanos atualmente nos abrigos da Operação Acolhida, esperando passagem para interiorização. Além disso, existem as ocupações espontâneas, caso das repartições públicas ou não que foram ocupadas. 

“Nós já temos uma estratégia para isso. Não é uma mera desocupação. Semana que vem nós vamos ter uma reunião com o governador do Estado. Se a interiorização der certo, as ocupações espontâneas deixam de acontecer e não precisamos aumentar abrigamento. Mas, se acontecer alguma crise, nós também temos um plano”, finalizou.

A entrevista completa pode ser assistida pelo aplicativo Folha BV Play.