Polícia

Familiares denunciam que presos estão sem alimentação

Depois da manifestação, os mantimentos foram entregues aos detentos no fim da tarde de ontem

Na tarde de ontem, dia 14, o clima foi de tensão na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), na zona rural de Boa Vista. O fato é que muitos familiares de detentos aguardavam para fazer a entrega do ‘sacolão’, com mantimentos básicos para os detentos e não conseguiam entrar. Além disso, havia a denúncia por parte dos parentes de que os presos não tinham almoçado.

Revoltados, os familiares iniciaram uma manifestação em frente ao presídio. Forças policiais foram ao local, mas não precisaram agir, porque não havia indício de rebelião.

“A situação está péssima. Eles começaram a receber o ‘sacolão’, mas fecharam de novo e depois disso não deram nenhuma satisfação. Era para ter entregue desde às 8h, mas já são 17h e ainda estamos aqui”, disse a mãe de um preso.

A esposa de um preso, por outro lado, disse que desde que chegou à fila notou que não entrou a primeira refeição do dia, o café da manhã.

“Não veio o café, não veio o almoço. Eles estão sem comer. Eu cheguei à fila do ‘sacolão’ às 4h para fazer a entrega e até agora ninguém deu uma resposta. Somos mães, filhas, esposas. Desde a semana passada os presos reclamam que estão tendo que dividir as marmitas. Eles estão pedindo comida. Se o governo não tem competência para dar comida, deixa a família entregar os alimentos”, pediu.

Um familiar conversou com um preso que estava dentro do presídio e ele conversou com a reportagem da Folha, fazendo críticas a respeito da alimentação que recebem, sobre a falta de comida e detentos que vivem doentes sem assistência médica.

OUTRO LADO – A Secretaria de Justiça e Cidadania esclareceu, por meio de nota, que a movimentação em frente à Pamc se deu em virtude da liberação da entrega de gêneros alimentícios e de higiene pessoal aos reeducandos do presídio.

“Como essa medida estava suspensa, por medida de segurança, em função das fugas na unidade prisional, nesta sexta-feira, 14, quando foi liberada, houve demora, dada a necessidade de vistoria individual desses gêneros”, justificou. (J.B)