Cotidiano

Imigrantes recebem curso de orientação em saneamento básico

Plano de ação teve como foco principal a prevenção de doenças infecciosas que podem surgir em grande escala

Dentre as ações realizadas em conjunto pela Operação Acolhida para abrigamento e suporte básico aos imigrantes venezuelanos que adentram o estado de Roraima está a garantia de uma melhoria nos serviços de saneamento básico. Após visitas feitas pelo comitê de imigração, diversas precariedades foram constatadas dentro dos abrigos construídos.

Falta de higiene, uso irregular da água, armazenamento indevido de alimentos motivaram o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) a aplicarem um curso de dois dias para os líderes de cada unidade abrigacional para que pudessem incentivar melhorias nos ambientes.

Nomeado de 1ª Formação de Líderes de Higiene, Saneamento, Gestão de Água e Resíduos Sólidos, o plano de ação teve como foco principal a prevenção de doenças infecciosas que podem surgir em grande escala caso esses pontos não sejam resolvidos. Com muitas pessoas inseridas no mesmo lugar, a possibilidade de transmissão cresce e pode chegar ao ponto de criar epidemias em larga escala.

De acordo com o superintendente estadual da Funasa, Douglas Maia, há outros tipos de ações preventivas ocorrendo ao mesmo tempo dentro dos abrigos, com orientação e vacinação, o que diminui as chances de ocorrer problemas. “Por sermos uma instituição nacional de saneamento básico, fazemos essa comissão para orientar os imigrantes. Já que vimos alguns pontos com problemas nos abrigos que podem surgir ratos e transmitir doenças”, disse.

No encontro, foram desenvolvidos trabalhos em grupos para identificação dos problemas e buscas de possíveis soluções, especialmente para as questões de água nos abrigos e a contaminação, alertando sobre os impactos na saúde de crianças e adolescentes. O superintendente reforçou que o curso serviu como uma capacitação para que os imigrantes pudessem interagir entre si e desenvolverem mudanças de hábitos.

“Precisamos fazer essas ações hoje para que a gente não perca o controle. Nossa ideia agora é a prevenção, é o que estamos tratando aqui hoje, mas temos diversas outras ações que possibilitam essa convivência por meio da Operação Acolhida”, enfatizou. (A.P.L)