Cotidiano

Lacen trabalha em três turnos para suprir grande demanda de exames

Surto de chikungunya e zika que vem sendo registrado desde maio obrigou Lacen a criar mais um turno, à noite, para fazer diagnóstico

O Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen) está trabalhando com três equipes, distribuídas em três turnos, para atender a demanda reprimida de diagnóstico molecular de pacientes das redes estadual e municipal de saúde, suspeitos de estarem com chikungunya e zika, ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. A necessidade de mais uma equipe em novo turno foi devido ao surto das epidemias no Estado no período do mês de maio até os dias de hoje.

Anteriormente não existiam laboratórios para esse fim em Roraima, os exames eram enviados para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, para que fossem feitas as análises. O tempo de espera pelos resultados era de três a seis meses, pois o órgão atende a toda a toda região Norte. Atualmente, com o Lacen fazendo os exames, a espera é de 30 a 45 dias.

Segundo a diretora técnica do Lacen, Catia Menezes, o diagnóstico molecular permite pesquisar o vírus ainda no organismo do paciente, tendo um resultado mais precoce, fato que contribui no controle epidemiológico da Vigilância em Saúde, detectando onde estão localizados os focos. “As vantagens são muitas depois da criação do laboratório no Estado. Ficou bem mais fácil controlar as epidemias”, frisou.

Conforme a diretora, para atender a grande demanda foi preciso remanejar dois servidores de outro setor, treiná-los para que atuassem no terceiro turno, que inicia às 19h sem previsão de término. “Vimos a necessidade e com muito compromisso unimos os esforços. Deslocamos servidores de outro setor e os instruímos para trabalharem no novo turno da análise laboratorial”, frisou.

NÚMEROS – Conforme dados do Lacen, da inauguração do serviço, em 06 março deste ano, até ontem, 25, foram 1.824 análises de amostras molecular. Em maio foram 402, em junho 510 e, neste mês de julho, o número ultrapassa 540.

Um morador do bairro União, na zona oeste, disse que tinha pouco cuidado com o quintal de sua casa, e achou que jamais pudesse criar um foco de mosquito em sua casa, muito menos que ele chegaria a fazer parte da estatística das pessoas com chikungunya. Ao receber o exame com tempo de 33 dias no Hospital Geral de Roraima (HRG), ele ficou surpreso e destacou que terá cuidado redobrado na residência para evitar focos do mosquito Aedes aegypti. “Agora ficarei alerta. Todo cuidado com o quintal será pouco”, afirmou. (E.S)